Curiosidades 3

    Olá, quem estiver lendo, já faz muuuito tempo que não escrevo aqui, mas depois do capítulo 107, chegou a hora de mostrar algumas coisas que eu queria compartilhar com vocês. Acho que pode ser legal de acompanhar (afinal tô colocando como curiosidades), então espero que gostem e quem quiser comentar sobre ou conversar, fique a vontade.

Ok, primeiro lugar;

    Pulu e Mini... Sim, as ratazanas elétricas do Brendan. Confesso que são dois Pokemon que eu realmente não gosto (a espécie), mas foi muito legal lidar com eles aqui. Foi super divertido desenvolvê-los, no Capitulo 73: Carreira solo!, esses dois se desentenderam de forma inevitável. O caminho que percorreram como dupla, lutando juntos, trabalhando de forma fechada, passou a ser desconstruído para algo recorrente e mais voltado para a Mini, o tema de independência e desapego.

   O Trump Card foi apresentado como o golpe do Pulu que o tornava diferente da Mini, pois ambos compartilhavam de Double Team, Spark e Helping Hand. Já Mini, tinha Charge, que não é um golpe que cause danos ou que seja tão notável assim, nada que um Spark não resolvesse. Pulu tornou-se o principal quando tratava-se de escolha do Brendan em batalhas, suas habilidades com cartas davam a Brendan diferentes ideias de combinações, mas Mini não estava se importando tanto com ficar focada apenas em apresentações. Eu percebi, ao longo de 2017 pra cá, como é difícil você se tornar independente emocionalmente de alguém tão próximo. Esse sentimento serviu de base para iniciar o desenvolvimento dos dois, puxando várias pontas daí.

    Quando Mini se viu distante do Pulu e desvalorizada por quem ela é e pode mostrar pras pessoas, passou a se questionar sobre esses dois conceitos. Quem é a Minun Mini, longe de seu irmão? Ela não é um suporte para deixá-lo mais bonito e incrível, não mesmo. Após assistir Pulu lutando sozinho num Contest e conseguir o ajudar dando dicas, mas nem receber um obrigado, Mini se entristeceu e melhorou depois de ver Brendan mal durante o Capitulo 77: Disputa por uma fita!, onde conseguiu fazé-lo sorrir usando seu Charge. Esse movimento ganhou um significado que não conseguia descobrir, era uma marca dela, de quem é, não podia abrir mão disso. Todo o seu trabalho em seguida, ficando ao lado de Brendan mais vezes, ajudando Melvin a conter sua força e tornando-se dupla dele, proporcionou que aprendesse uma nova técnica, Sing.

    No Capitulo 95: Batalhas sem juros!, Mini e Melvin conquistaram a quarta fita de Brendan. Quando ele conseguiu sua primeira fita, usou Pulu e Mini para vencer o jogo de sombras de Spencer, e isso é uma analogia a tudo que enfrentou desde que saiu da escola, seu trabalho pessoal e inseguranças que, talvez não superadas, tornaram-se menores. Agora, enfrentando Harley, Mini se viu pressionada pelas sombras contra o chão, pensando em seu progresso, em quem ela é, não apenas a sombra de Pulu, mas uma Pokemon completa e tão boa quanto, principalmente boa para si. Andar sozinha pelas sombras, seu Sing tornando-se um Hyper Voice com a ajuda de Melvin para que ela gritasse tudo que sentia, se reentender com Pulu só foi possível graças a nova visão de que tinha sobre seus poderes e sua independência.

    Ao mesmo tempo que Mini teve um maior foco, Pulu não ficou de lado, seu foco era menos perceptível uma vez que seus sentimentos estavam (e ainda estão) muito presos, e difícil para ele admitir muitas coisas, mas também cresceu muito longe de sua irmã. Uma coisa que fiz questão de fazer na história foi dar uma dança para cada momento desses Pokemon, Brendan precisou desenvolver isso com eles para se apresentar no Contest que ganhou sua primeira fita, Mini teve uma dança solo no Contest de Lilycove, e por fim, no capítulo 107, Pulu e Mini dançaram sapateado. Agora vem minha parte preferida!

    Quem nunca ouviu falar de Singing In The Rain? (Ok, talvez você não tenha visto, então segue o link: https://www.youtube.com/watch?v=D1ZYhVpdXbQ) O sapateado que eles fazem é COMPLETAMENTE baseado nesse musical! Ao mesmo tempo que adaptei os passos para uma dupla de dançarinos, usei dos poderes elétricos deles para representarem seus progressos, como cartas e notas musicais de eletricidade. Vejam, eu não pensei nisso sozinho... Em 2018, precisei dançar valsa com uma garota que hoje não é mais minha amiga, mas ela pagou aulas de dança para todos numa escola de dança. Acabei ficando bem amigo da professora, Cynthia, e conversando sobre Pulu e Mini, para desenvolver a dança deles na primeira fita do Brendan. Foi super divertido ser a Mini e ela ser o Pulu, fazendo os passos e criando algum contexto para aquela dança existir. Cynthia me acompanhou no trabalho com esses dois (sem eu pagar nada, eu só ia lá algumas vezes falar com ela e aproveitava k k k k k k obrigado, Cynthia <3) e sugeriu que para a conclusão deles, houvesse um sapateado. Achei meio estranho, mas quis ouvir, e então ela explicou que essa dança pode expressar felicidade, progresso, superação. Numa dança, sentimentos são colocados em evidência. 

I'm singin' in the rain

Just singin' in the rain

What a glorious feeling

I'm happy again

I'm laughin' at clouds

So dark up above

The sun's in my heart

And I'm ready for love

Let the stormy clouds chase

Everyone from the place

Come on with the rain

I've a smile on my face

I'll walk down the lane

With a happy refrain

Just singin'

Singin' in the rain

    Essa é a letra da música. "I'm happy again", "So dark up above, the sun's in my heart"... Consegui refletir esses dois Pokemon nessa letra, nesses passos. Me envolvi de novo com o plot deles, sapateei com a Cynthia, foi com certeza o trabalho mais envolvente dessa fanfic, pra mim, e mesmo assim eu ainda odeio Plusle e Minun grrrrr Mas gosto de Pulu e Mini, pronto. Confesso, acabei gostando dos ratos do Brendan, podem me julgar </3 No mais, era isso sobre esses dois, eu achei que seria muito legal ver o processo de desenvolvimento deles, espero que tenha curtido também, só que ainda tenho mais duas coisas :3

O ARCO DE LEULOLA

    Sim, Leuri + Alola, eu sei, fiz três capítulos com "Leulola" no título, e daí? Ficou legal ok :( 

Eu tinha planos para desenvolver uma história sobre Leuri, (*pessoas surpresas com o nome*) que pesquisava sobre sonhos e conseguiria entrar neles e lutar com pesadelos, ao lado de Froakie, Munna e Mankey, mas a execução não ficou como imaginava e sei lá, não quis mais escrever aquilo, então decidi fazer esse pequeno arco de 3 capítulos (seriam 5) na fanfic. Leuri ficar presa num sonho em Alola, ter uma nova vida lá, uma nova visão sobre seu objetivo de se tornar uma Campeã, isso é valioso pra personagem dela, e pra mim também. 

No meu aniversário de 2019, decidi me dar um presente também, e então fiz essa blusa com a cena do capítulo que a Leuri vai para o mundo do espelho e enfrenta os reversos do Yveltal. Tá amarrotada, mas pena, nem tudo é perfeito.

Eu escrevia a versão original dessa história em 2014, quando eu nem sabia usar vírgulas ou dar plots decentes para as coisas, mas de lá pra cá, conviver com a Leuri sempre foi simples. Para quem não sabe, quando eu tinha três anos de idade, minha mãe me deu um boneco que veio com nome (Lóris) e me deu, só que eu chamei de Leuri, e desde então gosto desse nome. Essa é a história que me contaram, óbvio que eu não lembro, mas Leuri parece algo tão pessoal, algo tão... eu, que não sei como poderia ter essa protagonista, com essas características, de outro nome. Se fosse Patricia Adventures não seria a mesma coisa, entende? Ao mesmo tempo, de 2014 pra cá, muitas coisas mudaram, eu atribuí novos significados, o remake aconteceu e tudo melhorou muito. Ainda assim, a mudança é constante. Percebo hoje que poderia ter feito detalhes na história de uma forma diferente e mais legal de acompanhar, mesmo que o foco tenha sido o desenvolvimento dos personagens, que creio ter ficado bom. A minha nova forma de ver Leuri refletiu nesse arco de Leulola, a mudança na maturidade dela e sua forma de pensar, questionando tudo sobre si como nunca antes, é fruto do meu desenvolvimento pessoal ao lado dela, por todos esses anos. Bonito, né? Agora se assustem com a Leuri de quando eu tinha 3 anos:

Leuri sem estar pintada - Leuri original - Diego // Diego cachorro

    É... Eu também tenho medo, espero que não estejam traumatizados :') Essa segunda é a Leuri que eu ganhei com 3 anos, eu num belo dia peguei as tintas da minha mãe e decidi que ia pintar ela. Também coloquei vários anéis de brinquedo e o meu anel de formatura (é de ouro mesmo) nela, porque eu dizia que ela gostava disso. A primeira é igual a Leuri, só que sem pintura. E o Diego da Era do Gelo era o namorado da Leuri original, que também inspirou o Diego da fanfic. Meu cachorro também se chama Diego... Acho que tenho um problema com esses nomes, devem estar me achando doido, mas guardo esses brinquedos ainda na gaveta, é difícil desapegar kkkk

    E, pra concluir, vamos falar sobre Swellow! Creio que o capítulo 106 já tenha deixado muito claro qual foi a proposta desse Pokemon na história, mas ainda gosto de falar dele. Swellow teve sua própria jornada ao lado de Leuri, tinha problemas com voar e esse era seu objetivo, melhorar o voo, foi assim quando lutou com Brawly, foi seu problema quando teve derrotas seguidas para Wally, Serena e Macey, e então ele treinou com Leuri e Winona, conseguindo vencer Mega Altaria e evoluindo sempre mais em sua técnica. Eu realmente não via outro fim para o Swellow na história, ele precisava desse momento, desde que chegou eu já sabia do fim que teria, mas a forma como conduzi mudou bastante. Swellow era para ter saído do time da Leuri ainda em Fortree, após o VS Winona, só que eu sou bem apegado a ele e preferi enrolar mais um pouco.

   Shinx e Taillow foram as capturas que Leuri fez enquanto estava na escola de Rustboro. Como eles lutaram juntos no VS Roxanne, no VS Brawly e evoluíram juntos, decidi ligar a jornada desses dois Pokemon, que são companheiros também. Achei justo Swellow ter seu momento no capítulo da Thunder Form, mas Brendan e Mudz também tiveram, com a evolução para Swampert. A ideia também era trabalhar esse conceito de "momento certo", que eu estive refletindo enquanto planejava arcos de personagem. Como posso desenvolver Brendan num capítulo focado pra Leuri? Como Carbink terá seu espaço quando o propósito é o Brendan capturar uma Mawile e conhecer um novo personagem? Talvez a execução não tenha sido da melhor maneira, mas eu realmente queria que essas situações acontecessem em conjunto. Os capítulos 105 e 106 são bem especiais pra mim, fiquei feliz de postá-los juntos.

   No mais, é isso, ainda tenho coisas pra escrever aqui e depois retomo com essa parte de curiosidades, vai que alguém se interessa :3 Obrigado por ler a história e por ler até aqui <3

*PASSEI DOS 100 CAPÍTULOS! Ainda posso comemorar ok*