sábado, 25 de janeiro de 2020

Capitulo 93: Conter.


Contenha.


    A escuridão era vasta. Diego nada via, apenas sentia a presença de Yveltal, o Pokemon responsável pela morte. Sua cabeça era atormentada por pensamentos, memórias e sentimentos, tudo de uma vez.

Diego: Eu não posso suportar  gritou, mas não conseguia distinguir sua voz daquelas que soavam em sua mente  Eu não vou aguentar!!


"Eu te amo tanto, nunca se preocupe com se sentir sozinho. Meu amor estará sempre contigo, assim como eu"

Diego: Argh...


"Estude bastante, assim como eu. Seu irmão já venceu uma Liga Pokemon, você também vai longe, meu filho."

Diego: Pare...


"Amar... Confesso que estava um pouco confusa, mas agora que você disse, acho que Wally se encaixa nisso. Quem diria, não? Hahaha!"
"Hahaha"
"Hahaha"
"Hahaha""

Diego: Não... Eu disse...


"Nós vamos conseguir sair daqui, Diego. Quando fizermos isso, eu quero viajar com você."
"É porque... Eu acho que também sente o mesmo."
"Eu estava certa!"



Diego: EU DISSE PRA PARAR!  gritou, e então abriu os olhos. O lugar clareou-se, estava sentado sobre uma rocha, aparentemente numa caverna. Alguns Noibat voaram assustados quando asas vermelhas se abriram em suas costas, trazendo uma ventania consigo.

    Percebendo seus Pokemon adormecidos e envoltos por Dark Aura em sua frente, Diego arregala os olhos. As veias de seus braços estavam negras e ele sentia-se envenenado, tentando expulsar algo de dentro de si.

Diego: Por que eu quero tanto acabar?  perguntou-se, cerrando os punhos. Sua visão era turva, como se estivesse prestes a cegar-se  Eu não posso!

   Diego soca a parede da caverna, fazendo todo o local tremer. Afastando-se, ele olha para seu punho, intacto. Estava arfando com o nervosismo.

Diego: Eu posso controlar isso  cerrando os punhos e reclinando o pescoço, Diego fecha os olhos. Ao abri-los, estavam na coloração normal. Suas veias aos poucos perdiam os tons escuros e normalizavam-se.

   Diego regressa seus Pokemon para as Pokeballs e decide caminhar até a saída da caverna, onde podia ver luz. Ele percebe estar numa entrada no alto de uma possível montanha. Não sabia como chegou ali, mas sabia como sair. 



    Abrindo suas asas, Diego salta, conseguindo voar. Sentia-se livre no céu, finalmente um suspiro e uma distração para sua mente, até perceber que não controlava as asas, que o levavam num caminho que ele já conhecia.



Onde... Onde eu estou?


    Ao abrir os olhos, Diego percebe estar num canteiro de flores. Não havia sinal das asas em suas costas, o fazendo pensar ter sonhado com tudo. Ele retira o celular de seu bolso, percebendo que era aniversário da Leuri. Lembrando-se do que aconteceu, aperta o aparelho e o guarda, sem condições de pensar em mandar alguma mensagem. 


   Explorando o local, Diego deixa as flores coloridas que pareciam infinitas, encontrando uma árvore com folhas laranjas, estas que também caíam e formavam pilhas ao seu redor. Ali haviam Komala, Shroomish, algumas Vivillon e uma dupla de Minccino e Emolga tentando enfiar uma noz num buraco no tronco da árvore.


Diego: Esse lugar... Estou em Laverre  reconheceu a cidade, já que a calmaria, o cheiro e as flores eram boas pistas. Porém, sabia que não estava nas ruas, pois não haviam casas. Ao aproximar-se dos Pokemon e da árvore, eles correm, parecendo assustados  Claro... Dark Aura.


Valerie: Não culpe-se tanto por isso, Pokemon são criaturas mágicas que precisam se sentir confortáveis com os humanos para iniciarem uma boa relação e este não é o seu melhor momento  falou, aproximando-se de Diego, que leva um susto, mas apenas vira-se para ela.

Diego: Valerie, como cheguei aqui?  perguntou, vendo a mulher aproximar-se da árvore. Uma Vivillon voa até seu braço, a cumprimentando com um sorriso  Estou dentro do seu ginásio, não é?

Valerie: Está, está sim  respondeu, lançando-se de costas numa pilha de folhas. Shroomish caminha até ela, deitando-se em sua barriga  Te vi largado num banco na cidade... Pedi para Aromatisse trazê-lo para cá.

Diego: Você não está com medo de mim?  perguntou, vendo Valerie balançar a cabeça  Por que não?


Valerie: Diego, pare de fazer perguntas, sabe como o pó das fadas mexe com minha cabeça, está me sobrecarregando  falou, levantando-se e dando a mão direita para Diego, o fazendo caminhar para próximo da árvore e logo o derruba agressivamente numa pilha de folhas, assustando-o.


~Pichu...

   Com as costas doendo, Diego nota um pequeno Pichu o encarando. Ele força um sorriso, o que o pequeno percebe, afastando-se um pouco. O rapaz amua, não havia mais ânimo para envolver-se com Pokemon.

Valerie: Você é um Criador Pokemon, Diego. Pelo que sei, costumava se dar bem com eles  falou, de frente para Diego  Esqueceu quem é? Me diga, quem é você?

Diego: Um Criador Pokemon  repetiu, pensando nos Pokemon que criou, nas competições que venceu, no quão longe já chegou  Está certa... Não me sinto um faz tempo.

    Diego abriu um leve sorriso ao pensar em sua profissão, até que arregala os olhos, sentindo algo macio em suas pernas. Tratava-se de Pichu, deitado, parecendo aconchegado.

Valerie: As fadas são criaturas encantadas, que protegem e curam. Sabem quando alguém está mal ou guardando sentimentos negativos  abrindo os braços, Valerie fecha os olhos. Alguns de seus Pokemon treinados aproximam-se, como Sylveon, Spritzee e Mawile.


Valerie: Diego, você está sobrecarregado de sentimentos ruins. Todos aqui sentem isso e eu vi o que aconteceu em Geosenge. Yveltal e você estão conectados... Ambos estão compartilhando da Dark Aura  falou, vendo Diego cerrar os punhos  Não assuste-se, não estou dizendo que você é ruim.

Diego: Eu escuto a voz dele... Ele diz a todo momento para eu sair daqui, que você está errada e quer o meu mal.


Valerie: Ele ou você?  perguntou, aproximando-se de Diego  Meu querido, não acha que está apenas abrindo os braços e aceitando esse Pokemon apoderar-se de sua mente? Lute, contenha. 

Contenha.

Diego: Conter  falou, levantando-se bruscamente, o que faz Pichu correr  Pare, eu não posso...

Valerie: Não estou fazendo nada  estendendo uma mão, Valerie recebe um tapa de Diego, recuando. Ela vê os olhos do menino ficando vermelhos e logo voltando ao normal, como se ele lutasse contra isso.

Diego: Isso é muito... Pra mim...  com as mãos na cabeça, Diego não conseguia mais abrir os olhos, apenas resmungando, como se algo estivesse o ferindo.


   Valerie tinha as duas mãos unidas no peito e Sylveon agora estendia suas fitas ao redor de Diego, liberando Fairy Aura. O menino aos poucos conseguia respirar e a Dark Aura vazava de sua boca. Ao abrir os olhos, eles continuavam vermelhos, mas enxergavam o que acontecia.

Diego: Você não pode me ajudar  falou, agarrando as fitas de Sylveon e a arrastando no chão. 


Valerie: Diego...  agarrando nos ombros de Diego, Valerie o abraça, sem ele corresponder  Não esqueça de quem você é... 

   Vendo o Pichu apavorado o encarando, Diego sente os olhos molharem, mas livra-se dos braços de Valerie. Asas se formam em suas costas e ele quebra o teto de vidro do ginásio, partindo para longe dali.


...

    De cabeça cheia, Diego voava para o sudoeste de Laverre, almejando deixar aquela cidade. Sentindo-se mais fraco, ele passa a cair, fechando os olhos ao perceber que afundaria no mar.


   Ao abrir os olhos, Diego estava sem casaco, pois este havia molhado. Ramos estava diante dele, num pequeno barco, sem nenhuma pessoa a mais. 

Ramos: Acordou, moleque? Pensei que tava morto já  falou, cutucando Diego com sua enorme tesoura que usa como bengala, assustando-o.

Diego: Ramos... Estou em Coumarine?  perguntou, levantando-se e olhando ao redor, conseguindo ver o porto da cidade, mas não estava mais lá.

Ramos: Estamos na Azure Bay  falou, cutucando Diego novamente com a bengala-tesoura  Tá com fome? Tem biscoito de sal.

Diego: Não estou  respondeu, vendo alguns Mantine saltando da água  Por que me trouxe para cá?

Ramos: Sei lá, minha memória não é mais tão boa assim  respondeu, sorrindo e encarando Diego, que continua em silêncio, também o olhando nos olhos  Tá com fome?

Diego: Ramos, escuta... Podemos voltar para Coumarine? Eu não estou muito bem, acho que não se esqueceu do que aconteceu em Geosenge.


Ramos: Quando você surtou porque a garota morreu e abriu asas, indo embora voando e assustando todo mundo com tudo o que disse sobre estar cansado da vida  falou, com naturalidade, vendo Diego abaixar a cabeça  Acontece, com todos os meus oitenta anos, já vi casos assim.

Diego: Viu?  perguntou, levantando a cabeça.

Ramos: Claro que vi, tá duvidando de mim?  perguntou, tossindo em seguida  Não tô tão bem também não, garoto. Aquela menina que me prendeu na cela, Aliana, ela sofreu muito nessa vida. Ser filha do Lysandre, aquele cara deve tomar café frio.

Diego: O que ela tem comigo?  perguntou. Seus olhos agora estavam vermelhos, mas Ramos não se importava.

Ramos: Aliana e eu conversamos muito, ela me contou coisas da vida dela, não lembro de nada, mas foi triste, isso eu sei. Ela fez muitas coisas ruins pra mim e pra todos, mas está disposta a mudar. Estou a treinando, quero que ela seja minha sucessora em Coumarine.

Diego: A Aliana?  assustado, Diego lembra-se da mulher discutindo com o pai no dia que Liza morreu. Ele respira fundo, apoiando a cabeça em sua mão esquerda, até ser cutucado por Ramos mais uma vez.


Ramos: Ela teve uma infância terrível, guardou sentimentos ruins e mesmo assim pode mudar e melhorar. Tudo tem solução, garoto, mas isso é mais quando se é mais novo. Na minha idade, não há muito o que fazer. Sou calvo, tenho diabetes, tô começando a ter alzheimer, problemas em tudo que você possa imaginar no meu corpo.

Diego: Eek...

Ramos: Pois é, moleque, pra mim não tem muito o que fazer. Lembro de me sentir muito mal quando mais jovem, mas não lembro a razão. Sei que as vezes me vejo sozinho e fico triste, muito triste. O bom de ser velho é que esqueço rápido e já penso se tá na hora de tomar outro remédio, hehe.

Diego: Ramos, lamento por isso, nunca imaginei que você guardava sentimentos tão ruins.

Ramos: Lamenta pelo quê?  perguntou, como se tivesse esquecido, o que faz Diego bufar.

Diego: Esqueça...


Ramos: Não precisa lamentar por nada, ninguém está bem o tempo todo, isso não dá pra esquecer nem tentando, porque é a vida  falou, batendo com a bengala na cabeça de Diego, o incomodando  Você já sentiu mal, não é?

Diego: Está brincando? Eu me sinto mal o tempo inteiro, Ramos. Quando as coisas parecem caminhar, tudo sai dos trilhos  falou, apertando os joelhos. Seu corpo era envolto por Dark Aura agora. 

Ramos: Mas também já sentiu bem  falou, o que faz Diego se acalmar  E antes de sentir bem, também se sentiu mal. Antes disso, tinha se sentindo bem de novo. Entende? 

   Olhando para a água, Diego lembra-se de seus pais. Quando era pequeno, os dois foram fazer uma viagem de negócios. Por falta de sorte, o avião foi atingido numa tempestade e acabou caindo. Ninguém sobreviveu e o jovem Diego passou a ter apenas seu irmão mais velho, morando na casa dos avós, numa região chamada Sinnoh, longe de Kalos. Nunca se permitia pensar muito nisso, mas quando fez 10 anos, deixou aquele lugar que o trazia tantas memórias ruins e partiu para Kalos, em busca de construir novas e finalmente ser feliz.

Diego: Eu sempre busquei a felicidade  falou, ainda olhando seu reflexo na água  Passei por muitos apertos e mesmo assim estava disposto a tentar de novo. 

Ramos: Vontade de tomar café  falou, cortando o clima da conversa com Diego  Mas continue, tá indo bem. Se permita pensar sobre tudo que viveu, já está na hora. Tipo agora, estamos num barco que está apenas sendo levado pela água, sem controle. É bom viver, não é?

   Olhando a imensidão azul ao seu redor, Diego suspira, como não fazia há muito tempo. Liza morreu, Leuri está com Wally, nunca conseguiu lidar com a morte de seus pais e só conversou sobre isso uma única vez na vida, com Carbink. Os pensamentos pareciam mais leves, mas seu peito doía. 

Diego: Huh?  olhando por dentro de sua camisa, Diego percebe seu peitoral estar escurecendo, o fazendo cair de costas no barco, em cima de seu casaco. 

Ramos: Morreu?  perguntou, levantando-se.

Diego: Eu preciso sair  abrindo asas, Diego tem os olhos brilhando em vermelho mais uma vez. Ele levanta voo, mas olha para trás, vendo Ramos sozinho no barco, olhando para frente.

{..........}


    Já no porto de Coumarine, Ramos olhava para o céu, sorrindo ao ver Diego deixando a cidade. O menino, no estado em que estava, havia o levado junto com o barco para terra firme e tinha compreendido que estava tudo bem pensar em tudo que está acontecendo e já aconteceu. Se sentir triste não significa o fim.


Diego: Eu não quero mais viver aqui... Você sempre se deu bem, perder o papai e a mamãe não o fez menos poderoso, está cada vez melhor, Flint.


Flint: Não parei de viver por causa deles, irmãozinho. Sei que eles não iriam querer isso nem pra mim, nem pra você. Vai mesmo fugir de Sinnoh só porque não quer lidar com a perda? Diego, já se passaram anos.

Diego: Eu não sou seu irmãozinho, você não entende nada! Eu vou ser muito melhor que você! Aliás, já sou só por ter um cérebro e um coração!

Flint: Diego... Pelo menos me diga aonde vai!

Diego: Eu vou embora.

    Derramando lágrimas que caíam como pingos de chuva do céu, Diego passava por nuvens brancas. Após sair do meio delas, todas estavam negras. Diego passa a tossir, percebendo seus braços escurecerem. As asas não conseguiam se manter firmes e ele despenca mais uma vez, para o desconhecido.


*Mantenha em loop clicando com o botão direito no vídeo*

Diego: Argh...  caindo em alguns galhos de uma árvore, Diego desce dela, percebendo estar num lugar aparentemente onde humanos não habitavam. Ele ouve um canto e então se encontra com um Sawsbuck, que o encara por alguns instantes  Você pode me dizer onde estou?


~Sawsbuck.

    Diego aproxima-se do Pokemon, que agora encarava a parte de seus braços que não era coberta pelo casaco. Estavam cada vez mais escuros, mas ele ignora e passa a caminhar, com o menino o seguindo.


    Espionando com Sawsbuck por trás de algumas árvores, Diego vê o líder de ginásio Wulfric, brincando com alguns Pokemon que se reuniam ao seu redor, felizes. Nenhum deles cantava, mas a melodia continuava a soar.


Wulfric: Diego, não é?  perguntou, olhando na direção de Diego, que sai de onde estava, acompanhado por Sawsbuck — O Alan Dracula me contou que chegou aqui.

Diego: Quem... Quem é Alan Dracula?  perguntou, com receio de se aproximar muito.

Wulfric: Ele certamente apresentou-se a você  falou, apontando para o Sawsbuck.


~Sawsbuck.

Diego: Você... Você me disse antes e está repetindo agora, não é?  perguntou, encostando na cabeça do Pokemon que fecha os olhos.

~Sou o Alan Dracula, você está sufocado.

   Levando um susto, Diego se afasta do veado, que caminha para perto dos Pokemon que cercavam Wulfric.

Wulfric: Sabe aonde está, Diego?  perguntou, mas o menino não responde  Está na Pokemon Village. É um local afastado da civilização, não é qualquer um que consegue chegar aqui. A paz reina... Você pode ouvir a natureza cantar.

Diego: Esse é o som da natureza  falou, com os olhos brilhando.

Wulfric: Se ficar em silêncio e se permitir ouvir, ao invés de apenas perguntar e falar sem parar, a resposta é clara. Os Pokemon sempre dizem algo... Todos os seres vivos tem uma mensagem. A natureza está te presenteando com essa canção.

Diego: Eu não mereço  falou, abaixando a cabeça e estendendo os braços  Eu estou podre.


Wulfric: Não está, se estivesse, esse lugar o negaria  falou, aproximando-se do menino  Mas não está bem... Coloque para fora. Está tudo bem.

Diego: Não está...  retirando seu casaco e sua blusa, Diego tinha o peitoral e os braços totalmente escuros. A trilha descia para seu umbigo e também subia por seu pescoço, em algum tempo ele estaria totalmente preenchido.

Wulfric: Diego, olhe nos meus olhos  pediu, abaixando-se na frente de Diego, que tinha a visão turva  Você precisa libertar o que está o preenchendo. É este o local, é este o momento. Pode confiar em mim? Está tudo bem.

Diego: Tudo... Bem...  ajoelhando-se, Diego passa a tossir. O tom escuro passa a subir pelo pescoço de Diego, saindo por sua boca. 

   Todos os Pokemon da vila afastam-se e Wulfric levanta-se, de olhos arregalados com o que Diego libertava de dentro de si. A escuridão ganhava forma e olhos azuis surgiam nela. Logo, o vermelho preenchia o preto, que parecia correr como veias. As asas que trouxeram Diego até ali retornam ao seu dono, a lendária ave da destruição, o responsável pela parte da morte no equilíbrio da vida.


    A criatura estava diante de Diego, Wulfric e todos os Pokemon daquele lugar. As nuvens negras cobriam o céu acima dela, que tinha as asas abertas e seu corpo formava um Y. Diego levanta-se, cerrando os punhos e o encarando.


Diego: Yveltal  falou, encarando o Pokemon, que nada fazia  Estamos de fato conectados, não é?

Wulfric: Y-Yveltal...  assustado, o homem estava boquiaberto.

Diego: Se estamos, você se sente como eu me senti a vida inteira. Amargurado, incapaz, inferior, menos relevante e... Simplesmente, mal  disse, ainda olhando para Yveltal  Ouvimos bastante hoje, não é? Lembramos de quem nós somos, percebemos que está tudo bem nos sentir assim, temos tempo para mudar e nem sempre vai estar tudo bem... E não estamos perdidos, ou não entraríamos aqui, no que parece um paraíso.


    Abrindo a boca, Yveltal deixava sombras vazarem de seu corpo. Diego sentia-se da mesma forma e derramava lágrimas, então sabia que a ave também chorava.

Diego: Nós precisamos de ajuda... Eu não sei porque está comigo, não sei mesmo, mas você está e não é legal saber disso. A cada vez que eu sinto ódio, medo, rancor... Parece que estou aconchegado, pois você também se sente assim. Estamos mesmo ligados, não é?



    Após alguns segundos, Yveltal bate as asas e as une, aglomerando sombras e as projetando na direção de Diego, que mantinha-se parado.


Wulfric: Diego!  gritou, mas não conseguia aproximar-se do menino, havia uma barreira invisível o impedindo.

Diego: Yveltal, pare, precisamos agir!  gritou, estendendo a mão direita contra o golpe de Yveltal, que se desfaz  Minhas sombras são como as suas... Volte. Por favor.

   O pedido feito por Diego soa estranho para Wulfric e para todos os Pokemon que assistiam, mas para o menino era mesmo algo necessário. Seus olhos ainda lacrimejavam e ele sorria vagamente, com a mão estendida chamando pelo Pokemon. Yveltal olha para o céu, ouvindo a canção da floresta e acalmando-se. Ele então se desfaz em sombras, sumindo dali.


Continua



Um comentário:

  1. Adorei esse capítulo, já fazia falta algo para o Diego, que não aparece faz tempo e gostei que tivesse focado isto nas perdas que ele sofreu e na sua jornada para se descobrir.
    Fiquei bem triste por ele, vendo as pessoas importantes para ele e como as perdeu ao longo da sua vida...
    Gostei das interações com os líderes de ginásio, era um capítulo mais para chamar as emoções mas você manteve o humor natural de Leuri, sem parecer forçado, é um dom que você tem e admiro muito.
    O final com Diego entendendo Yveltal foi muito bonito também, eles estão lutando contra a mesma coisa e deu para entender que Yveltal não é mesmo um inimigo, apesar de Valerie achar que sim...
    Gostei muito desse cap, continuaaa....

    ResponderExcluir

Último capitulo postado

Diário de Campeã #10