quarta-feira, 10 de abril de 2019

Capitulo 54: A lenda dos Unown!

   Já conseguindo ver a cidade de Petalburg, Leuri e seu grupo, agora acompanhados por Kátia e Steve, uma Treinadora já adulta e um Coordenador Pokemon, faziam seu último treino antes de darem continuidade em suas jornadas.


Kátia: Pachirisu, Hyper Fang!  exclamou, movimentando seu corpo para frente, o que faz seu cachecol balançar.


~Chipaaah!!

    Pachirisu abre a boca, exibindo seus dentes da frente, afiados e agora desproporcionais ao resto do corpo. Ele pretendia atingir Grovyle, mas Leuri tinha uma ideia do que fazer.

Leuri: Rápido, reaja com Leaf Blade!


~Grovyle!

    Após cruzar os braços, Grovyle os abre, revelando duas lâminas esverdeadas que ele utiliza para rebater Pachirisu, o enviando para o chão.

Leuri: Camerupt, Earthquake!  gritou, percebendo Pachirisu tentar se levantar  Grovyle, para as costas dele!


~Cameeee!!

    Fixando seu olhar em Pachirisu, Camerupt pisoteia o chão, ao mesmo tempo que Grovyle agarrava-se aos vulcões de suas costas. Um gigantesco terremoto é formado, causando muitos danos ao redor. Graveler, o outro Pokemon de Kátia, possuía um bom equilíbrio, o que o ajudava a manter-se de pé.

Kátia: Use Rock Throw!


    Formando uma rocha com sedimentos recolhidos rapidamente do seu redor, Graveler a lança contra Grovyle, que é atingido, sendo derrubado das costas de Camerupt, o obrigando a cessar seu Earthquake.

Kátia: Pachirisu, finalize Grovyle com Spark!


~Pachi!

   Envolvendo-se com eletricidade, Pachirisu dispara contra Grovyle, o causando os danos finais para que ele perdesse os sentidos.

~Camee!!

   Percebendo a expressão preocupada de Leuri, Camerupt libera fumaça das narinas, passando a correr na direção de Pachirisu, para atingi-lo. 

Leuri: Camerupt!

   A Key Stone do bracelete de Leuri passa a brilhar, o que a garota nota, pensando ser finalmente a hora da Mega Evolução de seu Pokemon. O corpo de Camerupt é envolto pela energia da Mega Evolução, mas esta logo desaparece, o deixando confuso com seu corpo.

~Amau!! Amau!! ("Merupt!! Você é o melhor de todos!!")

~Nuzle!! ("Pachirisu, não me faça ir até aí!!")

   Lala, vibrando ao ver Camerupt batalhar, o deixava envergonhado. Ao seu lado, o Nuzleaf de Kátia torcia por Pachirisu e Graveler, mesmo que estivesse com inveja por não ter sido escolhido.


Leuri: Droga, não deu certo de novo... E Grovyle acabou sendo nocauteado, não vamos conseguir treinar mais essa dupla por hoje  resmungou, cruzando os braços.

Kátia: Você sempre pode fazer isso amanhã  falou, sorrindo e se aproximando de Leuri, encostando uma mão em seu ombro  Precisa deixar que aconteça naturalmente, não está sendo nada bom para você e para o Camerupt treinar desse jeito.

   Diego e Steve, acompanhados por Carbink, Furfrou, Combusken e Tangela, preparavam a comida. Carvanha e Meditite apenas esperavam, com uma babando nos pés de Diego e o outro meditando. Próximo da mesa improvisada onde a comida seria servida, Brendan colocava a Amaura Lala para enfrentar Zagz, mas a pequena se distraía muito fácil ao prestar atenção em Camerupt. Pulu e Mini treinavam sua dança com Mudz e, por fim, Melvin abraçava uma árvore.


Diego: E... Pronto! A comida está servida, venham todos comer antes que Carbink acabe com tudo!

Carbink: Entendido, vou acabar com tudo!


   Sentados para comer, o grupo conversava. Leuri contava sobre ter participado da Liga Kalos e estar recomeçando em Hoenn, o que impressionava Kátia.

Kátia: Que impressionante, Leuri! Não sei se pode me considerar uma de suas rivais, mas estou em jornada também, pretendo conseguir minha quarta insígnia em Petalburg. Desde que me animei com a ideia de ser Treinadora, tudo tem sido muito divertido!

Leuri: Óbvio que te considero uma das minhas rivais, eu tô fingindo aqui que tô plena, mas seu Pachirisu me deixa super insegura sobre batalhas  falou, rindo, sendo acompanhada por todos, mas ela não estava mentindo.

Diego: Me sinto feliz pelo Combusken estar evoluído  disse, acariciando a cabeça de Combusken, que comia ao lado de Kátia  Desde que aconteceram aquelas coisas... Bem, faz um tempinho que não me dedico a ajudar meu time e ignorei meus problemas com Meditite, Carvanha e o Torchic, mas agora estou pronto pra voltar.

Carbink: Eu sou o melhor do time, os outros são todos figurantes, mas precisam aparecer, por isso não sou o único participando  explicava para os Pokemon de Kátia, que ouviam com atenção.


~Pachi! ("Ao menos seus humanos sabem fazer comida boa!")


Steve: Bem, meu passatempo além dos Contests é explorar lugares misteriosos! Nesse caminho tem uma caverna, onde boatos contam que vivem mais de mil Unown, mas eles nunca são vistos!


Brendan: Unown? É um Pokemon, né?

Pokédex do Brendan: Não é um Yokai  falou, com sua voz robotizada. O dispositivo flutuava ao lado do garoto, que bebericava uma xícara de café.

Kátia: A Pokédex flutua? Que legal!

~Graveler?! ("Ela não está com medo?!")

~Pachi... ("Se tentarem assaltá-la, vai pensar que estão a chamando pra tirar foto...")

~Nuzle. ("Não se surpreenda tanto, ela usa cachecol nesse calor gigantesco.")

"Os Unown são criaturas raras de serem vistas e escondem segredos em suas formas de vida. Eles podem apresentar muitas formas distintas, como letras do nosso alfabeto e outros sinais, mas eu li num livro que despertou minha curiosidade sobre uma mensagem decifrada do código Unown, encontrada nas ruínas daqui."

    Lala, afastando-se dos outros Pokemon, caminha até um arbusto, percebendo que ele se mexia. Camerupt a segue, preocupado com ela acabar se perdendo. 

~Amau?

    No arbusto, uma criaturinha com a forma da letra L estava caída, aparentando estar muito ferida. Lala se desespera, mas Camerupt a tranquiliza, dizendo que ele ainda estava vivo.

"'Os Unown possuem grande introspecção e recusam o mundo exterior. Os humanos devem aprender a conviver em harmonia com eles, mas isso é muito complicado, por isso essas palavras deverão permanecer aqui por eras.' O Livro dizia isso, e eu nunca esqueci."


~Amau!

   Lala havia ajudado Camerupt a colocar o Pokemon em suas costas, o levando para perto de Leuri e os outros, que se surpreendem ao vê-lo.

Steve: Heh! É um Unown!

Carbink: Pensava que eram raros... Mas, pera, se eles são, posso ficar rico vendendo ele!

Brendan: Carbink???

Diego: Foi bom terem o encontrado, deixem-me dar uma olhada  falou, pegando o Unown das costas de Camerupt e o examinando com o olhar  Furfrou, pegue um Revive no bolso da minha mochila!

   Após o pedido de Diego, Furfrou, com ajuda de Leuri, que abre a mochila, retira um Revive, o entregando para Diego, que esfrega no corpo de Unown. O Pokemon mantinha-se estático, o que preocupava muito Lala.

~Amau...

~Pachi pah! ("Calma, ele não vai morrer!")

Kátia: Use isso  falou, entregando uma Super Potion para Diego, que agradece e, após balançá-la, a aplica no Pokemon.

Diego: Com isso, Unown deve sentir... Sentir...

   Sem conseguir terminar sua frase, Diego percebe sua visão ficar turva, conseguindo compreender que seus amigos caíam aos poucos. Unown liberava um pó roxo, com seu olho fechado, o que fazia todos ficarem desacordados. 


    O pó roxo desaparece do ambiente, sendo sugado para o corpo de Unown, que usa seus poderes psíquicos para colocar os Pokemon nas Pokeballs, com exceção de Carbink, Pachirisu, Camerupt e Lala. Em seguida, faz o corpo de todos presentes levitar, os teleportando consigo.


    Ao obrir os olhos, Leuri se assusta com a visão que tinha. Estava numa espécie de caverna iluminada por um núcleo roxo de energia, este rodeado por diversos Unown com formatos distintos em sua maioria. Ao olhar para o lado, percebe todos os seus amigos, já acordados, também desacreditados.

Steve: É... Lindo! São todos Unown!  exclamou, com as pupilas dilatadas ao observar os Unown  Vocês tem noção da sorte que temos? Nem 1% das pessoas no mundo consegue ver tantos Unown assim!

Brendan: Mas... Por que ele nos trouxe aqui?  questionou, observando Lala, nas costas de Camerupt, tentando morder um Unown J.


Carbink: Eu não faço ideia do que eles estejam dizendo, mas repetem o mesmo som  falou, percebendo Steve anotar tudo.

Diego: Huh?  Diego percebe o Unown L, que ele havia curado, flutuando em sua frente, tentando dizer algo  Foi você que nos trouxe até aqui, certo?

Leuri: Acho que ele está agradecendo!

Diego: Sem problemas, Unown! Fico feliz em ajudar em algo...

~Chipah?!

~Came...

~Amau!

   Sendo levitados pelo Unown L, Pachirisu, Camerupt e Lala são apresentados aos outros Unown, que passam a girar ao redor deles. A caverna se torna um salão de festas, com bolo, salgados, doces, balões e brinquedos. 

Kátia: Que lindo, uma festa pra gente!

Carbink: Comida!


   Todos passam a se divertir na festa dos Unown, até Kátia se aproximar do Unown L, com uma Pokeball em mãos.

Kátia: Unown é um Pokemon raro, não é, Steve?  perguntou, tendo a confirmação de Steve  Então vou capturá-lo!

   Arremessando a Pokeball no Unown L, o Pokemon é sugado e, após alguns instantes de silêncio, capturado. Kátia pega a bola, animada, enquanto todos estavam perplexos.

Carbink: Lascou-se...

   Toda a festa desaparece, dando origem a um cenário com fogo, obrigando o grupo a se juntar. Os Unown tinham os olhos vermelhos, aproximando-se de Kátia, muito irritados. Além disso, uma pessoa com uma capa cinzenta cheia de rasgos observava de longe a situação, não revelando-se.

Steve: Rápido, libere o Unown!

Kátia: Ok!

   Antes que Kátia pudesse fazer algo, os Unown liberam seu pó roxo, modificando o ambiente para uma extensa sala branca, que não parecia ter fim ou alguma saída. Olhando ao redor, o grupo percebe que os Pokemon raros não estavam mais ali.


Leuri: Onde estamos agora?  perguntou, apavorada com a situação.


Brendan: Os Unown querem nos punir...

Carbink: Eles que venham!  exclamou, com uma tocha amarada em suas costas. Lala saltitava ao seu lado, animada, enquanto Camerupt revirava os olhos.

Kátia: Eu não deveria ter capturado o Unown, mas não pude resistir!  exclamou, então se dando conta de que Pachirisu não estava mais ali  Pachirisu sumiu!

~Nuzleaf! ("Meu desejo se realizou!")

   Saindo de uma Pokeball da bolsa de Kátia, Nuzleaf a abraça, sorridente, mas a mulher achava que ele estava preocupado com Pachirisu.

Kátia: Se o machucarem, eu nunca vou me perdoar!

Steve: Acalme-se, vamos pensar no melhor! Unown não são violentos, o poder deles pode distorcer a realidade, então apenas devemos estar sendo afetados!

   De repente, todos quicam no chão por conta de uma forte pancada, que é repetida por várias vezes, até revelar um gigantesco Pachirisu, muitas vezes maior que todos ali. Nuzleaf desmaia, sendo regressado para a Pokeball.

Kátia: Pachirisu  falou, assustada.

Carbink: Heh...  sentindo cheiro de queimado, Carbink percebe que seus pelos pegavam fogo, lançando-se no chão, o que chama a atenção de Pachirisu.


~Pachi pah!

    O gigantesco Pachirisu olha para Kátia e os outros, sorrindo amigavelmente.

Kátia: Pachirisu, sou eu!

Somos nós dois agora, isso não é emocionante? Vamos renovar nossas vidas, obrigada pela chance de fazer isso, Pachirisu!

    Em alto e bom som, uma voz idêntica a de Kátia soa pela sala e Pachirisu abaixa a cabeça, como se recebesse carinho nela.

Diego: De onde veio isso...?

Sinto falta de ter mais gente junto de mim, Pachirisu. Mas sua companhia é muito agradável, você é tudo que preciso.

   A voz soou novamente e o grande Pachirisu agora demonstrava confusão em seu rosto, olhando ao redor e disparando uma carga elétrica.

Você convenceu esse Nuzleaf a se juntar ao time para que tivessemos mais companhia? Pachirisu, isso foi muito gentíl! Vamos continuar fazendo mais amigos!

    Sorrindo, Kátia repete as palavras no mesmo tom da voz. Todos prestavam atenção nela, que caminhava até o grande Pokemon. Ela encosta a cabeça em seu pé e o roedor passa a olhá-la.

Kátia: Estamos nas suas memórias, certo? Por favor, mostre-me o caminho mais uma vez, Pachirisu!

    Uma porta surge atrás de Camerupt, que se deita para dormir, mas Lala saltitava sobre sua cabeça, o atrapalhando.


Leuri: A porta! Vamos sair daqui, pessoal!

   Correndo na direção da porta e sendo acompanhada por seus amigos, Leuri consegue deixar a sala em branco. Pachirisu agora estava junto do grupo mais uma vez, mas todos estavam surpresos ao perceberem o novo ambiente, um mural rochoso com muitas pinturas. Camuflada nas sombras, a mesma pessoa de antes os observava.


Carbink: Desenhos! Tinham vários no Reino Diamante!

Steve: Não parecem desenhos aleatórios  falou, analisando as imagens  São muito antigos... Muito mesmo, mas são diferentes de tudo que já vi.

Leuri: Eu vi pinturas parecidas na Granite Cave, o Mr.Stone me falou sobre elas terem sido feitas por uma civilização antiga que não lembro o nome  falou, olhando para o alto do mural, onde haviam muitos símbolos repetidos.

Brendan: Que loucura  falou, passando a prestar atenção na pintura, que começa a se mexer somente para ele, o que o assusta  Aaah!!

~Amau?!

Carbink: Brendan!, o que houve?!

   Assustando todos, Brendan havia se ajoelhando perante as imagens, segurando seu gorro com força. 

Brendan: As pinturas... Estão me dando dor de cabeça, elas se mexem e mostram cenas estranhas  falou, mantendo seus olhos fechados.

Leuri: Estranho isso, eu hein!

Kátia: Steve, você sabe de algo?

~Pachi... ("Queria voltar a ser gigante...")

Steve: Talvez essa pintura tenha sido feita pela mesma civilização que pintou na Granite Cave. Aliás, nada nos garante que estamos nas ruínas desse caminho que leva até Petalburg, lembrem-se do poder dos Unown.


Brendan: É o povo Draconid  falou, ainda sem conseguir abrir os olhos  Não sei de onde tirei esse nome, mas lembro de escutá-lo alguma vez...

Carbink: E o que você vê, Brendan?  perguntou, preocupado com seu amigo, que olha para a pintura, com os olhos arregalados.

Brendan: Groudon e Kyogre, como quando foram controlados por Yveltal... Eles estão enfrentando aquele dragão que desce do céu. Tem meteoros... Caindo por todos os lados. Tem pessoas reunidas de mãos dadas, talvez fazendo uma oferenda. E... Um garoto que está correndo na direção do dragão, mas ele é atacado e desaparece. 


Brendan: Tem uma garota correndo na direção de onde o garoto sumiu. Ela está acompanhada por um Pokemon parecido com o Melvin  falou, cerrando os punhos e sem deixar de piscar para não perder as cenas do mural  Esse garoto... Ele... Ele parece comigo... Esse garoto tem o meu rosto, ele...

   Perdendo os sentidos, Brendan acaba desmaiando nos braços de Steve, que havia se ajoelhado para segurá-lo. Carbink lacrimejava e todos olhavam para o mural, sem saber o que fazer, até que escutam passos, virando-se para ver uma moça, com sua capa rasgada nas costas.


    Acompanhada por uma Whismur e diversos Unown, a mulher se ajoelha na frente de Steve, que tinha Brendan nos braços. Ela encosta na testa do garoto, que desperta, confuso.

Brendan: Quem é você?  perguntou, erguendo-se e percebendo a mulher entristecer-se com a pergunta.



Zinnia: Me chamo Zinnia, mas... Você não se lembra mesmo?  perguntou, recebendo uma resposta negativa de Brendan  Estive passando um tempo nas ruínas com os Unown, pois eles podem ver além da nossa realidade. Estavam irritados com vocês e iam torturá-los, mas conversamos e eles decidiram trazê-los aqui para alertar do perigo.

Leuri: Perigo?

Zinnia: Perigo. Essas pinturas são do antigo povo Draconid, mas eu preciso da sua ajuda, você pode domar o Dragão!  exclamou, segurando nas mãos de Brendan, que ainda não havia entendido o que ela tentava dizer  Os Unown protegem essas pinturas e só as mostram para os Draconid, que também os criavam no passado! Vamos, segure minhas mãos.

    Obedecendo a mulher, Brendan tenta relaxar, segurando nas mãos dela. Em seus braços, vários símbolos surgem, todos iguais. 

Steve: É o Delta, o símbolo do Dragão que cuida dos céus!

    As cenas do mural passam a mudar, como um filme, mas agora todos podiam ver. Os Unown rodeavam Zinnia e Brendan, o que Kátia percebe, liberando o Unown L, mas este não faz o mesmo. Nas cabeças de todos, vozes soavam, provindas dos Unown.

"Há muitos séculos atrás, em uma realidade paralela a nossa, uma catástrofe aconteceu em Hoenn. Os Pokemon Ancestrais, Groudon e Kyogre, iniciaram uma guerra infinita, o que trazia problemas para o povo Draconid, os habitantes de Hoenn. Este povo tinha o objetivo de proteger o mundo de catástrofes naturais, como colisão com meteoros e a guerra dos Ancestrais. Eram poucas pessoas, todas especiais, pois eram abençoadas com o poder de chamar o Dragão dos Céus."


"Esse povo tão generoso não armazenava os Pokemon em Pokeballs, apenas conviviam com eles e, os que aceitavam, uniam-se com a população para que enfrentassem desafios juntos. Nessa época, inclusive nós, os Unown, gostávamos de estar em contato com os humanos. Eram puros e tinham seus princípios, não nos julgavam e nem tinham interesse em nosso poder."


"Os Draconid não conseguiam dar conta de impedir a guerra entre os titãs da terra e do oceano, então sentiram-se obrigados a tentar algo nunca feito, chamar o Dragão dos Céus para ajudar, pois era previsto que, quando a guerra chegasse, ele desceria do céu para por um fim. Um grupo de humanos encontrou uma pedra brilhante como um arco-íris e decidiu fazer uma oferenda, usando também um casal Draconid para entregar a pedra para o Dragão. Tudo foi feito como o planejado e o Dragão desceu dos céus, engolindo a pedra. Ele mudou sua forma e conseguiu por um fim na Guerra, pelo menos foi o que pensaram."


"Algum tempo após isso, uma chuva de meteoros aconteceu por Hoenn. Um enorme meteoro com uma força devastadora invadiu o planeta e colidiu com o solo de Hoenn, destruindo toda a vida que havia lá. Porém, o Dragão salvou o casal que havia feito a oferenda. A garota foi chamada de "Guardiã das Tradições" e o garoto de "Domador do Dragão". Outros meteoros haviam caído pelo mundo, já não havia mais vida. O Dragão fez uma previsão de que o mesmo aconteceria em outras realidades e disse para o casal que o enviaria para um mundo onde o povo Draconid havia sido extinto, mas que ainda haviam descendentes. "


"Porém, o garoto se recusou a abandonar sua realidade. Ele enfrentou o Dragão, mas não poderia fazer nada contra tanto poder, sentindo toda a sua fúria e morrendo diante dos olhos da garota, que ajoelhou-se, quieta e apavorada. Ela aceitou as ordens do Dragão e foi levada para a realidade em que estamos."


   As imagens passam a se organizarem para montarem o mural estático e, quando acabam, Brendan solta as mãos de Zinnia, ofegante. Carbink e Lala vão até ele, preocupados. Leuri tinha sua atenção voltada para o topo do mural, a imagem do dragão com o símbolo do delta.


Leuri: Aquele é o dragão da história  murmurou, encarando a pintura.

~Pachi...


"O dia previsto naquela realidade que deixou de existir está se aproximando nesta em que estamos. Precisamos de todos os descendentes dos Draconid para invocar o Dragão dos Céus, com a ajuda da Guardiã das Tradições e do Domador do Dragão, e assim salvar essa realidade. Se preparem, um desafio maior do que qualquer outro que vocês já enfrentaram está vindo! E, cuidado, o mal está mais próximo do que imaginam."

    Após os Unown terminarem de falar, o mural desaparece e logo todos estavam na entrada das ruínas. Brendan não esboçava reação, apenas apoiava-se no ombro de Diego, que havia se arrepiado com as últimas palavras dos Pokemon. 


Zinnia: Eu sou a Guardiã das Tradições e estou reunindo os Draconid para o dia que os Unown mencionaram. O lendário dragão me trouxe para essa dimensão, perto da data onde ela terá o mesmo destino da minha  falou, aproximando-se de Brendan e olhando nos olhos  Você é um dos cinco Draconid especiais que preciso. Preciso encontrar apenas mais dois, pois três, contando comigo, já conheço.

Brendan: Eu não quero acreditar no que diz, mas por essa lógica, meu pai também é um dos Draconid?

Zinnia: Ele é, mas não herdou o poder que esse povo tinha, diferente de você. Voltaremos a nos ver em breve, também o recrutarei quando o momento chegar!


Carbink: Eu não entendi direito o que aconteceu hoje e nem tenho relação com isso, mas o Brendan é meu amigo, acho que ele já ouviu bastante por você hoje  falou, saltitando para a frente do garoto.

Zinnia: ...?  após encarar Carbink com desprezo, Zinnia olha para Brendan, que tinha lágrimas escorrendo pelo seu rosto, ignorando que não conseguia chorar em público. Ela sente-se culpada, lembrando-se de um sorriso que sentia falta, mas sabia que não poderia voltar a ver  Desculpem, preciso ir embora. Vamos, Aster.

    Acompanhada da Aster, a Whismur, Zinnia adentra as ruínas, junto dos Unown, que dão as costas para o que estava com Kátia.

Kátia: Esperem! Estou libertando-o!

   Todos os Unown ignoram Kátia, adentrando as ruínas, que tem sua entrada ocultada pela magia deles. Kátia olha para o Pokemon em formato de L ao seu lado, parecendo entristecido.

Steve: Os Unown não devem querer um Pokemon que teve tanto contato com humanos que eles não consideram bons  falou, coçando a barba.

Kátia: Me perdoe por isso, Unown... Eu não queria obrigá-lo a vir comigo.

~Unown!

Carbink: Heh! Eu não entendo o que ele diz, mas acho que consigo traduzir isso! Unown quer ir com você e conhecer o mundo! Provavelmente os outros não o deixavam fazer isso.

Steve: Claro! Os Unown não acham que os humanos estão prontos para conviverem com eles! Esse pequeno deve ter fugido para explorar e acabou se machucando, por isso Amaura e Camerupt o encontraram.

Kátia: Nesse caso, é ótimo tê-lo comigo! Seremos ótimos amigos, você vai se divertir muito, prometo!

~Amau!

~Came...

~Pachi... ("Agora temos um indecifrável conosco...")




Leuri: Brendan... Você quer falar sobre hoje? Estamos todos tão surpresos como você  perguntou, repousando a mão sobre a touca do garoto, que ainda se apoiava em Diego e tinha Carbink em sua frente.

Brendan: Leuri, Diego, Carbink... Obrigado, mas eu só não quero pensar nas coisas que eu vi e ouvi lá dentro. Eu senti que tinha...

Zinnia: Uma conexão muito forte com ele  falou, dentro das ruínas. Tinha as mãos unidas, como se fizesse uma oração  Aster, Zéfiro... Eu, Zinnia Higana, devo encontrar Joseph Stone, Drake Aragon, Wallace Divewat e Brendan Cianwood Marill, convocar o Senhor dos céus e salvar essa realidade do mesmo destino trágico que a nossa teve.


~Mur mur...

Zinnia: Pronto, Aster. Precisamos orgulhar Zéfiro.

~Whismur.

Continua


4 comentários:

  1. É muita informação para processar...
    O capítulo que começou na maior da descontração e você acha que vai ser só mais um dia de brincadeiras no campo, se torna num dos mais importantes da história...
    A descoberta da existencia de mais realidades é como se você abrisse o mundo a imensas possíbilidades, já tinhamos tido a realidade do espelho, mas este capitulo expandiu isso para o infinito.
    Gostei da história e da lenda... achei que os Unown podiam ter usado um dialeto mais formal e mais "antigo" mas não ficou ruim, é apenas preferencia minha.
    Gostei da Zinnia, acho que foi bem introduzida na história e ela revelando os nomes dos 5 foi um choque, por ver o Stone envolvido...
    Minha parte favorita foi a das memorias do Pachirisu que deu para conhecer melhor os sentimentos da Katia, gostei desse pormenor que deu mais profundidade a essa personagem, que já se viu que não será apenas uma qualquer...
    Ainda tivemos a pedra do Camerupt dando sinais de que o treino está resultando.
    Em resumo: Apesar da grande quantidade de informação que preencheu o capitulo, você não descuidou os outros personagens e merece ser felicitado por isso.
    Foi um grande capítulo, continue ^^

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  2. Como a Katie falou, esse capitulo começou bem normal com o maior descontração, mas ai veio uma enorme quantidade informação, meu cérebro ficou a tela azul tipo o problema do windowns, mas toda essa informação foi necessária. Tivemos os Unown depois tivemos a Zinnia que revelou os escolhidos e um deles é Brendan eu pensei que a Leuri e os demais fosse escolhidos também, mas me enganei feio. Eu gostei bastante do capitulo, pra mim foi um dos melhores até o momento estou ansioso pelo próximo ^^

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  3. Adoro quando a história dá um passo desses, mostrando parte do que está por vir para dar aquele gostinho de quero mais ~rs. Todo o envolvimento no Brendan, Zinnia foram incríveis e o capítulo estava perfeito, não conseguia parar de ler e quando cheguei ao final fiquei triste por ter acabado. Como eu disse, adoro quando a história dá os seus passos e você fez isso muito bem, sem duvida alguma, você consegue prender o autor quando está contando a história e isso é algo de louvar.

    Estou ansioso para os próximos capítulos e sem dúvida esse foi um dos melhores da ''saga'' Leuri e olha que não teve batalha em ( ter teve, mas você entendeu o que eu quis dizer ), os meus parabéns.

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  4. Agora sim um capítulo que avança mais na história. O rumo que os acontecimentos foram tomando mudou completamente e finalmente o foco do arco foi apresentado, o capítulo serviu principalmente para explicar e contar histórias, então não consigo pensar em muito do que dizer.
    Foi uma grande surpresa ver um Stone envolvido na treta, Brendan mais uma vez vai ser tão (ou mais) protagonista que Leuri, o que é legal. Como não joguei ORAS, deve ser pra mim uma das melhores partes da fic por não saber muito do que vai acontecer. Estou ansioso pela nova parte da história, bom capítulo! :)

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