Capitulo 128: A jornada começa para todos!

   Vaniville é uma pequena e simples cidade da extensa região de Kalos, esta conhecida por sua beleza e história envolvendo reis e guerras. 

   Numa das poucas casas que podem ser encontradas ali, uma garota de cabelos escuros curtos estava vestindo-se em seu quarto. Colocava pulseiras amarelas por seus braços, tendo uma gaveta cheia delas.

 — Desça as escadas, Suzan! Venha tomar café da manhã! — uma voz feminina grita, e se tratava da mãe da menina.

Suzan: É hoje... O grande dia! — ela se debruça na janela, vendo um casal de Fletchling brincando no ar — Terei meu próprio Pokemon!

    Após deixar sua casa, Suzan carregava um envelope, seu comprovante de ter sido sorteada para ganhar seu próprio Pokemon na cidade de Lumiose, a maior da região. E assim aconteceu, ela recebeu Froakie, um Pokemon sapo que dominava técnicas de água.

Suzan: Froakie, Bubble! — ela comandou, suando pelo nervosismo de estar em batalha na floresta de Santalune.

~Fro fro fro!!

   O sapinho cuspia bolhas que refletiam as árvores, mirando no oponente, um Bulbasaur sorridente que desvia facilmente do golpe, balançando seu bulbo.

    Dando alguns pulinhos antes de atacar, Bulbasaur moveu folhas do chão, que afiaram-se e formaram uma corrente, atingindo Froakie e causando sua queda.

Suzan: Não, Froakie! — ela ajoelha-se na frente do sapo, com lágrimas nos olhos — Eu achei que seria legal...

 — Você está fazendo do jeito errado! — Suzan ouviu uma voz masculina, reparando não estar sozinha na floresta.

 — E-Eu sou Morrigan... — ele se apresentou, e Suzan reparou no uniforme que vestia, com o símbolo da escola de Santalune. Havia um Herdier ao seu lado — E-Eu posso ajudar! Como se chama?

Suzan: Meu nome não acrescenta em nada na vida de um rico da escola de Santalune. Não preciso de ajuda, posso me virar sozinha com o Froakie! Claramente perdemos por estarmos em desvantagem de tipos, mas se encontrarmos algum Pokemon de fogo por aqui...

Morrigan: Não foi por isso que perdeu. Aprendi que os Pokemon não precisam de vantagens para vencer, é até mais interessante colocar um Pokemon em desvantagem para combater, isso o dá mais experiência de combate — falava sem parar, e Suzan não aguentava sua voz — Veja, vou comandar um ataque elétrico! Herdier, Thunder Fang! 

~Haaar!

   O cachorro rosna para Bulbasaur, que empolgava-se por ter mais um oponente. Em seguida, suas presas são carregadas por eletricidade e ele corre na direção do oponente.

Morrigan: Vire para a árvore! — gritou, e Suzan questionou a razão do comando.

   Herdier, antes de atingir Bulbasaur, faz uma curva e morde uma árvore próxima. A eletricidade faz algumas berries se desprenderem, assim como folhas, e todas caem sobre Bulbasaur, o deixando caído abaixo delas.

Suzan: Como pensou nisso? — perguntou, e Froakie tinha os olhos brilhando em seu colo.

Morrigan: Quero ser um Criador Pokemon, por isso estudo bastante e aprendi sobre usar o campo ao meu favor! Movimentos não têm apenas um uso, eles podem fazer muito mais — explicou, e Suzan se encheu de determinação — Tente você!

Suzan: Certo, Froakie use Bubble no chão! — após alguns segundos pensando, ela dá sua ordem.

~Frooo!

   As bolhas de Froakie agora molhavam o chão da floresta, deixando a grama úmida. Bulbasaur, que tentava correr, acaba atrapalhando-se, afundando suas patas.

Suzan: E termine com Pound! — esticou o braço, e Froakie estapeou o rosto de Bulbasaur, até ele parecer confuso — Pokeball, vai!

   A esfera arremessada bate na cabeça de Bulbasaur, o sugando para dentro dela e passando a girar no chão, até brilhar e indicar que a captura foi concluída.

Suzan: Conseguimos, Froakie! Temos um Bulbasaur! — ela pega a esfera, a colocando na frente do sol para admirá-la — Hey, Morrigan! Sua voz é muito chata e parece que quer se passar de sabichão, mas obrigada, me ajudou!

Morrigan: Que jeito estranho de agradecer... Você é uma treinadora iniciante, não podia deixar de ajudar!

Suzan: Nah, eu sou uma viajante! Quero conhecer o mundo, não me interesso por ser a melhor nas batalhas!

Morrigan: Hm... E acha que não vai precisar ser forte para desbravar os mistérios do mundo? — perguntou, e Suzan ficou pensativa — Haha!

Suzan: Escuta aqui, o que um aluno daquela escola está fazendo por aqui? Não deveria estar comendo livros ou sei lá?

Morrigan: A verdade é que... Hoje é a minha formatura na escola — revelou, corado. Suzan notava que ele era tímido, mas não se importava também.

Suzan: Então vá embora para lá, essas coisas só acontecem uma vez — cruzou os braços, e Froakie a imitou.

Morrigan: Todos vão levar seus pais para a formatura e fazer um discurso para eles, mas eu... E-Eu não tenho mais pais, entrei na escola por causa das minhas notas, também não possuo dinheiro — ele revelou, e Suzan o fitou, enquanto Herdier lambia sua perna.

Suzan: Eu sinto muito — falou, e o garoto sorriu — Sou Suzan, a propósito. Obrigada mesmo por ajudar!

Morrigan: Haha! Já disse, relaxa!

Suzan: Bem, se você não quer ir na formatura... Pode vir comigo! — estendeu a mão para o menino, que corou — Vai ser divertido, vou seguir seu conselho e desafiar o ginásio de Lumiose!

Morrigan: Huh? Por que não enfrenta o de Santalune primeiro? Vai ser melhor, considerando que o ginásio de Lumiose usa Pokemon elétricos...

Suzan: Voce me ensinou que posso transformar desvantagem em vantagem! Não tem nada para se preocupar, vamos, Morrigan! — piscando com um só olho e mostrando a língua, ela ri para Morrigan e segura em sua mão, correndo junto dele para dentro da floresta.

   Naquela mesma noite, Suzan, Morrigan e os Pokemon chegaram em Lumiose, vendo a Torre Prisma acender-se.

Suzan: A Torre Prisma é maravilhosa de noite — ela afasta os cabelos do rosto, admirando a torre.

Morrigan: S-Sim — tímido, ele cora ao olhar para o rosto da garota, que percebe e ri, o que ele também faz.

Suzan: Hey... O que acha de continuarmos sempre juntos? — sua pergunta choca o garoto — Você será um fantástico Criador Pokemon e Froakie, Bulbasaur e eu chegaremos ao posto de campeões!

Morrigan: Quer que eu esteja ao seu lado durante toda essa experiência? — perguntou, e a menina assentiu com a cabeça.

"Então, é uma promessa, Leuri! Eu prometo, estaremos sempre juntos a partir de agora!"

"Claro! Estaremos sempre juntos, Diego! Eu também prometo!"

   Naquele ano, Suzan e Morrigan participaram de competições para alcançarem seus sonhos. Suzan tornou-se  uma boa treinadora, conquistando insígnias por toda Kalos e chegando até a Liga Pokemon, onde acabou perdendo na semifinal. Já Morrigan conseguiu símbolos de Criadores e alcançou o título de Criador Expert, e ambos partiram juntos para Hoenn.

Morrigan: A escola pode ser uma boa opção, Leuri... Talvez possa se distrair das derrotas recentes, se renovar — falava para a garota, e estavam sentados dentro de um ônibus.

"Estou perdendo tempo, já deveria ter vencido um ginásio!"

   Na escola, Morrigan tornou-se um exemplo para os alunos, tendo alcançando seu objetivo e conhecendo muito sobre tudo. Irritada por apenar se torturar com a lembrança da derrota na Liga Kalos, Suzan, num fim de semana, foi até uma biblioteca, onde suas amarguras atraíram um livro.

Suzan: Mas que livro é esse? — ela se perguntou, pegando o livro empoeirado, que se abre numa página amarelada, quase soltando.

"Essas imagens, essa letra apagada... Está falando algo sobre Xerneas e Yveltal, os lendários da vida e da morte!"

   Virando as páginas, Suzan encontra mais fotos descoladas e amareladas, com desenhos de Xerneas e Yveltal lutando, cenários devastados, o céu, uma floresta... Algumas palavras estavam perfeitamente legíveis, e todas montavam frases estranhas.

 — Mas que livro estranho... — era a voz de Suzan, mas também a de Leuri, juntas — Na verdade, está mais para um álbum com relatos. Me pergunto quem escreveu isso.

  Vendo a ficha colada atrás da capa do livro, não haviam informações sobre o autor e também haviam dados sobre pessoas que o pegaram emprestado, mas eram vários nomes longos e borrados. Então, quando ela iria virar o livro, uma página cai na mesa. Algumas coisas eram possíveis ser lidas, e Suzan pegava interesse por aquilo.

"O amor impossível de um casal fadado ao sofrimento. Elementos opostos... Lados opostos, treva e luz, o equilíbrio. Conceitos e ideais diferentes. Quando tudo se torna bom para um, o outro cada vez mais cai em ruínas."

   A partir daquele dia, as coisas mudaram. Suzan voltou a ter sucesso em seus objetivos, conseguindo se formar na escola. Fez capturas, enfrentou lendas, foi reconhecida pelos mais influentes de Hoenn. Porém, todo o prestígio que Morrigan um dia teve apenas foi desaparecendo, e em algum tempo, tudo para ele apenas dava errado.

"Eu não aguento mais isso. Eu não sei se errei ao ter vindo para cá, não sei mesmo o que aconteceu, talvez eu precise voltar a participar dos concursos para Criadores iniciantes! Não parece que sei mais nada sobre criação, olha só para os meus Pokemon! Eles nem querem me ouvir!"

"Por favor, vamos superar isso juntos! Você era a última que... Estava normal comigo."

"Realmente, ela é a representação do que a lenda diz, carismática, se irrita fácil, meio burra e com um bom coração."

"Tenho pena do que acontecerá com ela."

Todo esse tempo... Haviam sido mentiras? 

"O que aconteceu com o Diego?"

"Yveltal e Morrigan... Agora são um só."

"Quem eu sou?"
"Huh? Você é Morrigan, o amigo da Suzan!"

"Escute, Leuri, teremos que nos tornar um só também."

"Se for para salvar o Morrigan... Eu aceito."

"Eu não tenho vontade de ficar mais aqui..."

"Em todos os momentos eu só me dou mal, nada de bom acontece comigo, eu não fiz nenhum avanço como Criador Pokemon nessa região e só me sinto pior a cada dia!"

"Ela está... morta."

"A minha vida é a pior possível, não acontece nada bom comigo e quando finalmente acontece... E eu ainda tenho que aturar vocês dois!"

"PARE! Esse não é você! Não é o Diego! É o Yveltal!"

"Não, Suzan... A força e os poderes são dele, mas o sentimento é meu. Este sou eu, sim, você que não quer aceitar."

Contenha.

"Eu também gostaria de me sentir querido, admirado, mas é impossível, sou o responsável pela morte. Ninguém me vê de uma maneira boa, é impossível para seres tão gananciosos e egoístas."

"É bom que tenha admitido isso, Yveltal. Eu consigo entendê-lo."

"Somos nós, nesse momento. Lutaremos contra Yveltal juntos."

"Incrível... Mas, e o Diego?"

"Yveltal está no comando, não Diego. Devemos destruí-lo."

   Morrigan não podia mais ser o mesmo. O que havia acontecido? Por que motivo, Morrigan e eu precisamos passar por isso tudo? Eu só queria entender.. O motivo de você ter mentido para mim, Xerneas.

Morrigan: Essa é a esperança — falava para Suzan, de frente. O cenário ao seu redor era de completo caos e havia um meteoro adentrando a atmosfera do planeta — Está com o livro?

Suzan: Morrigan... Eu estou — ela ergueu o livro, e ambos o seguraram juntos — E agora, Zinnia? O que acontecerá?

Zinnia: Eu creio que seja o fim — disse, entristecida — Deoxys nunca irá parar de perseguir isso. Eu o levarei comigo.

Morrigan: Mas se nele está escrita a nossa história...

Zinnia: Sim. Irá se repetir, em outra realidade, e eu espero que tenham mais sorte.

Suzan: Eu preciso que os próximos saibam... O mau da história é aquele que sempre foi bom.

Morrigan: É preciso acordar a vida e a morte, para que haja um amanhã — concluiu a fala de Suzan, olhando para o céu, sabendo que seria a última vez.

Zinnia: O casal que abrir esse livro, não poderá fugir desse destino — e então, desapareceu com o livro, tornando-se luz.

Suzan: Eu não queria que acabasse assim, Morrigan — em lágrimas, ela se abraçou ao garoto, que correspondeu.

Morrigan: Mas prometemos que estaríamos sempre juntos... E a promessa está concluída — falou, também se rendendo ao choro.

   Os segundos seguintes... Não existiram. Para a história de Suzan e Morrigan, o destino que escreveram no livro foi concluído. Mas, para Leuri e Diego, a esperança havia sido enviada, e com ela talvez a história pudesse ser diferente.

Leuri: Wally, o que você fez? — perguntou, encostando no ombro do garoto.

   No Mt.Pyre, Xerneas havia sido acorrentado por Spiritomb e Wally, que estavam estranhamente agindo iguais.

Xerneas: AAARGH! — mesmo que tendo restaurado suas energias na forma de uma árvore até o dia atual, Xerneas ainda não sentia-se tão forte quanto deveria ser.

Steven: O que é esse... Pokemon? — perguntou sobre Spiritomb, mesmo não sabendo ao certo o que era.

Spiritomb: EU NÃO POSSO ESPERAR MAIS! — Wally falava junto dele.

Wally: Por todo esse tempo, estive a procura de um meio para ficar livre... Se esse humano não consegue quebrar minha maldição, você consegue! Devolva a minha vida! — gritava para Xerneas, sustentando as correntes que o ligavam a Spiritomb e o lendário.

Diego: Ele é Spiritomb, um espírito amaldiçoado, assim como Wally — revelou, e todos se chocam.

Stone: Urgh... — tentando escapar dando passos lentos para trás, ele sente a presença de Yveltal, parando no lugar.

Liza: Mas como isso aconteceu com Wally? Ele faz parte da maldição de Leuri e você? — perguntou, e Diego balançou a cabeça para negar.

Diego: Digamos que... Spiritomb sentiu minha maldição e quis me usar para se libertar, já que se ele conseguisse quebrar a minha, poderia acabar com a dele junto. Então nós fizemos um trato, meio que o forcei a vir comigo numa Pokeball e desde então venho tentado completar o ritual para libertá-lo.

Aarune: Ixe! Que história louca! — arrepiou-se.

Leuri: Certo, Diego... Mas o que Wally tem com isso? — perguntou, cruzando os braços. O garoto engole seco.

Diego: Para que o ritual aconteça... É preciso um sacrifício de um amaldiçoado — falou, e ergueu duas Pokeballs, com Malamar e Rotom dentro — Eu cogitei usá-los e passar para eles, mas não consegui. E no dia da Copa Fantina, Wally me encontrou com a Macey e... Bem, Spiritomb se acorrentou ao espírito dele, e pretende trocar de lugar.

Leuri: O q-quê?! Por que fez isso, Diego?! — apavorada, ela deu um passo para trás.

Diego: Por sentir raiva dele! Ele pode estar com quem quer, mas eu não — seus olhos se avermelharam, e Liza segurou em sua mão, o fazendo voltar ao normal — Mas você está aqui...

Liza: Estou, Diego — ela força um sorriso, assim como o garoto.

Leuri: Eu não me referia a você ter escolhido o Wally, mas sim por ter aceitado fazer o que fez! — ela suspirou em seguida, cerrando os punhos — É por isso que precisamos nos resolver! Xerneas, Yveltal, eu preciso que estejam dispostos!

Yveltal: Como eu posso estar disposto se ele não vai mover um chifre? — perguntou, e Leuri virou-se para Xerneas, que era rodeado por Spiritomb.

Xerneas: Eu estou de acordo... — sua fala impressiona Yveltal, e Leuri sorri, agora ganhando esperanças.

Leuri: Todos nós iremos ficar bem, as coisas não serão como antes. Nós não deixaremos a história se repetir! — após sua fala, Xerneas se ergue, desfazendo-se das correntes.

Wally: Waaah!! — ele cai, levando uma mão até a cabeça, e seu rosto volta ao normal — Onde eu...

Steven: Está seguro — ajoelhou-se na frente de Wally, o ajudando.

Spiritomb: QUAL É A RAZÃO DE NÃO ME DEIXAREM ESTAR LIVRE? EU NÃO FIZ NADA DE ERRADO! — sua voz soou por todo o Mt.Pyre e todos foram pressionados contra a montanha pela pressão do espírito ao se expandir.

Leuri: Spiritomb, nós podemos ajudar!! — ela gritou, mas o espírito furioso não queria saber mais disso.

Spiritomb: TODOS OS SEUS ESPÍRITOS SERÃO MEUS AGORA! — seu corpo cobria o Mt.Pyre inteiro e correntes se formavam ao redor dos corpos de todos presentes, que ficavam pálidos.

Diego Não... — murmurava, sentindo dor.

   Interrompendo o processo, algo adentra o corpo de Spiritomb, formando uma barreira de água que se expande e o afasta, fazendo-o voltar ao normal.

~Fineiii!!

   Tratava-se da divindade guardiã Tapu Fini, logo reconhecida por Leuri, que aguentava a carga de lembranças do sonho que retornavam.

   Reunindo-se com Tapu Fini, as demais divindades usam seus poderes elementais para formarem a névoa rosada ao redor de Spiritomb, que tentava se expandir novamente, mas falhava.

Aarune: Não pode ser... — ele esfregava os olhos ao ver os Tapus, segurando em seu chapéu.

Spiritomb: SUMAM DAQUI!! — cogitando quebrar a pedra que o prendia, Spiritomb não contava com mais pedras caindo sobre si — O QUÊ?!

Liza: Lunatone! Distorça a realidade! — ela grita, e Lunatone lacrimeja, investindo na direção da névoa.

   Para Spiritomb, a realidade ficava confusa e ele via diversas pedras idênticas a que o prendia, não sabendo o que fazer.

   Dançando ao redor da névoa, os Tapus a fazem se unir ao espírito, que retorna para sua pedra. Esta cai na direção de Diego, que a regressa para a Dusk Ball.

Leuri: Spiritomb... Acharemos um jeito — disse, encarando a esfera na mão de Diego.

Xerneas: Aaaah... — cansado, Xerneas se ajoelha, e Yveltal repousa à frente dele.

Yveltal: Você é estúpido... Se ao menos conseguisse admitir isso!

Xerneas: Eu sei, está certo, Yveltal... É minha culpa que tudo chegou aonde está, você tendo trazido destruição ou não, começou comigo. 

   Incrédulo, Yveltal se afasta, e as asas de Diego se abrem por impulso. Xerneas era rodeado pela névoa rosada de Leuri, que estranha isso.

Xerneas: Não posso mudar tudo, mas sinto muito por como o tratei — de cabeça baixa, entregava a Yveltal algo que ele queria desde muitos séculos. 

Yveltal: Você... Sente muito? Isso é sério? Entende como me sinto? — perguntou, e Xerneas se reergueu.

   A aura obscura da ave e a rosada do cervo se fundiam, tornando-se numa arroxeada, que Diego e Leuri agora compartilhavam.

Xerneas: Mas ainda há um meteoro vindo para cá — na nova aura, a imagem do meteoro em alta velocidade era projetada.

Yveltal: Iremos ajudar a partir de agora.

Leuri: Estou tão feliz por ouvir isso! — ela fala para Diego, que novamente forma um sorriso — Nós vamos conseguir mesmo!

~Kokewu!! — Tapu Koko havia notado Aarune, passando a persegui-lo.

Wally: Heh?! Aarune? — reconheceu o homem, que acena com vergonha.

Leuri: O que você quer com ele? — perguntou para Koko, que chamou pelos outros Tapus e moldou a névoa para formar a frase "Fique em Alola" — Não entendo...

~Buluwu!

~Lerelele!

   Rodeando Xerneas, os Tapus restauravam sua energia, curando ferimentos. Leuri nota a névoa rosada se esvaindo dos chifres dele.

Aarune: Espera, você disse Alola? — perguntou, e Leuri assentiu — Como conhece Alola?

Leuri: Eu sonhei com essa realidade, vivi uma vida inteira lá!

Xerneas: Curioso... Alola é o meu sonho, assim como o mundo do espelho é o de Yveltal, e você já visitou os dois — falou, e Leuri se espantou.

Yveltal: Isso não estava óbvio? Se você e Xerneas são como Diego e eu, estão extremamente conectados, quase compartilhando a mesma vida. Todas as vezes que você sonha, visita Alola, mas não deveria se recordar disso.

Leuri: Eh?! E quanto ao Lily? Os Tapus?! Isso não é um sonho, é? Eu ainda estou em Alola? Cadê o Guzma? — desesperada, ela fazia perguntas aos montes, e Steven ri de sua inocência. Stone, surpreso com o que estava ouvindo, apenas mantinha-se ali.

Aarune: Ara! Todos os sonhos são apenas uma outra realidade! Eu sou a passagem para Alola, assim como a Reflection Cave é para o sonho de Yveltal — revelou, sendo erguido por Tapu Koko — Eles insistem em querer que eu fique em Alola... Mas eu prefiro este mundo!

Leuri: Está me dizendo que tudo que eles queriam me dizer desde que acordei era para levá-lo de volta...? — ela encarou Tapu Koko, que levanta os ombros — Eu achei que vocês me queriam lá! Não acredito que na verdade precisavam era do Aarune!

Aarune: Acho que a vida é assim, não é? — riu, enquanto Leuri sentia-se ofendida pelos Tapus — Certo, eu voltarei para Alola, continuarei conectando esses dois mundos. 

   Vendo os Tapus comemorarem, Liza sente um aperto no peito, o que Lunatone também sentia, se aproximando dela e recebendo um abraço.

Liza: Bem, é hora de ir — falou, e Tapu Fini flutuou até ela — Obrigada, Fini, por me trazer para ajudá-los!

Diego: Ir? Como assim, Liza? — perguntou, preocupado com a resposta. 

Liza: Se vocês tivessem falado que eu... Vocês sabem... Eu teria sumido na mesma hora — falou, e para Diego, o tempo parou — Mas consegui ficar até o fim. Tapu Fini me permitiu isso, graças ao poder dela pude estar no Mt.Pyre, fisicamente.

Leuri: Liza... — se aproximou, e a menina esconde suas mãos atrás das costas.

Liza: Diego, eu sempre vou estar com você, em todos os momentos! Estarei com cada um dos meus amigos, porque essa sou eu! Sempre que sentirem-se felizes, vou compartilhar disso, então lembre-se, Diego, eu nunca deixei de acreditar que podia fazer a diferença para você, e é por isso que fiz — ela abraçou o garoto, que contém suas lágrimas, apenas correspondendo — Obrigada por tudo...

Diego: Não, Liza! Sou eu que agradeço — falou, separando-se dela — Agradeço por estar comigo, sempre... Eu te prometo que estaremos sempre juntos, porque o mundo irá continuar aqui. Nós vamos conseguir — fazendo a mesma promessa que fez para Leuri, ele sela aquele momento em seu coração. Liza morde o lábio inferior, controlando suas emoções — E... O seu irmão a ama também. Ele me disse e achei que você iria ter paz ao saber disso.

Liza: Tate... — ela leva as mãos até o coração — Obrigada por me contar.

~Luuun...

   Flutuando para o lado de Leuri, Lunatone sentia-se grato por aquele momento. Wally e Steven também respeitavam, e Stone quase sentia remorso pelo que causou a ela.

~Fiiniriii...

Liza: Certo, Fini, é hora de ir — enxugou uma lágrima, passando a flutuar com os Tapus e Aarune para o céu estrelado. Seu corpo ia perdendo a forma aos poucos.

Diego: Liza... Adeus! — gritou, acenando para ela.

Steven: Descanse, menina...

Wally: Tenha paz, você merece — juntou as mãos.

Yveltal: De certa forma, você a permitiu isso — falou para Xerneas, que encarava o céu.

Xerneas: Acredito que seja um caso onde as regras deveriam ser quebradas.

~Lunaaaa!

   Sem conseguir dizer algo, Leuri se abraça com Lunatone, até ouvir novamente a voz de Liza e virar para vê-la, agora acenando.

Liza: Obrigada por cuidar da Lunatone, eu sabia que tinha feito a escolha certa! — agora, seu último feito havia sido sorrir e agradecer, desaparecendo no céu. 

Diego: Não quero que me perdoe porque não é justo, mas eu fui a pior pessoa do mundo para você — falou para Wally, que o escuta, sério — Quando isso acabar, serei alguém melhor. 

Wally: Acredito que no fundo você nunca deixou de ser — encostou no peito de Diego, e logo virou-se, liberando Gallade, para ver como ele estava.

Leuri: Eu acho que depois disso tudo, nós estamos prontos!

Continua