Feia de Neve #2 - Num tapete a nadar!

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A princesa empoderada, que governava um pequeno reino de Pokemon em seu castelo de papel, nada temia, a não ser não encontrar seu amor.

"Já se passaram alguns dias desde que Feia de Neve está viajando pelos portais da Disney, bagunçando toda a história que foi construída ao longo de décadas."

"Todas as histórias da Disney correm risco de serem alteradas, para todo o sempre! Eu preciso agir, mas seria arriscado demais entrar no portal..."

"Talvez eu possa ajudá-lo..."

Mickey: Você...

    Enquanto isso, numa floresta, a mãe veado e seu filho estavam passeando, até que sentem a presença de humanos naquele território.

   Um som de disparo é ouvido e os dois começam a correr, com o pequeno não olhando para trás para ver se sua mãe o seguia durante todo o caminho. Sendo alcançada por um caçador, a mãe prepara-se para o pior, parando de correr.

Carvanha: Você nem pense em fazer isso, seu ridículo! Eu vou caçar você! — protestou, entrando na frente da mãe veado. O caçador se assusta, largando a arma e correndo com os braços para o alto — Você está bem, querida?

"..."

Carvanha: Que bom, linda! Sabe se tem algum príncipe bonitão por aqui? — perguntou, mas a mãe do veado não responde, ainda chocada — Você deve ser muda. Tudo bem, eu procuro!

   Caminhando pela floresta, ela se depara com um novo portal, decidindo saltar para dentro dele. 

    Surgindo na areia de um deserto escuro, Carvanha se vê diante de uma caverna com o formato do rosto de um tigre de boca aberta. Para dentro, uma forte iluminação a atraía.

Carvanha: Amor da minha vida, estou indo te encontrar! — avançou para dentro da caverna.

   Em sua exploração, Carvanha passava por obstáculos sem perceber, desviando de machados, fogo e uma pedra gigante que deveria esmagá-la, chegando até uma sala dourada com muitos tesouros. Tudo era feito de ouro, o que a atiçava.

Carvanha: Minha casa! Digo, eu não trouxe uma mochila para guardar tudo isso... Uma princesa de mochila... Dora aventureira é da Disney? — questionou-se, aproximando de uma coroa de rubis numa pilha de ouro.

"NÃO TOQUE EM NADA, A NÃO SER A LÂMPADA!"

   Uma alta e grave voz soou pelo local, fazendo tudo tremer e Carvanha se afastar da coroa, assustada.

Carvanha: Quem é você? — perguntou, mas não obteve resposta — Tem namorada? Tô vendo que você é rico, não me importo com sua aparência, pode aparecer que eu aceito!

"NÃO TOQUE EM NADA, A NÃO SER A LÂMPADA!"

    A voz soou novamente pela caverna, e a princesa Feia de Neve revirou os olhos, voltando a encarar a coroa.

Carvanha: Não quer conversar comigo, né? E que lâmpada é essa, seu maluco? — perguntou, olhando para o topo da caverna, a procura de uma lâmpada.

    Num pedestal em destaque na caverna, uma lâmpada de ouro brilhava, o que Carvanha percebe e se aproxima.

Carvanha: Um bule de ouro! Bonitinho, mas inútil, tem coisas melhores por aqui! — declarou, virando-se de costas pra lâmpada — E já que não tem a tal lâmpada, vou pegar o que eu quero mesmo.

    Voando ao redor de Carvanha, um tapete tentava alertá-la, mas ela o afastava como um mosquito, até que tem uma grande ideia.

Carvanha: Vou usá-lo como sacola pra guardar as coisas que quero levar comigo! Vem cá! — lançando-se no tapete, ela cai com ele em cima de uma pilha de ouro, derrubando algumas joias. — Lindas...

   Com as joias em mãos, Carvanha estava deitada no tapete, que flutuava. Seus olhos brilhavam em transe por tanta riqueza estar consigo, mas logo ele é cortado pela voz novamente.

"VOCÊ TOCOU UM DOS TESOUROS! NÃO PASSOU NO TESTE E AGORA NUNCA MAIS VERÁ A LUZ DO DIA!"

Carvanha: Credo, que brega! — protestou, percebendo o local inteiro começar a desmoronar. O pedestal que tinha a lâmpada agora cuspia fogo, a fazendo engolir em seco. — Tapete, vamos embora daqui!

    Obedecendo Carvanha, o tapete voa pela caverna, desviando do teto que desmoronava. Ela gritava, pressionando seu corpo contra as joias para que elas não caíssem. Por sorte, conseguiu sair antes da entrada se fechar, e sem olhar para trás, ia na direção de uma cidade.

    A cidade também ficava no meio do deserto, tinha várias casinhas e um gigantesco palácio no final. Tendo outra ideia, Carvanha abre um sorriso no rosto.

Carvanha: Tapete, eu sou Feia de Neve e estou a procura do meu príncipe encantado para montar meu próprio filme de princesa empoderada! — alegou, dramatizando — Se tem um palácio aqui, tem chances de eu encontrar meu amor! Vamos para lá!

    Dentro do palácio, a Princesa Jasmine estava amuada. Seu tigre de estimação, Rajah, dormia tranquilo e ela desejava estar como ele agora, mas era impossível.

Jasmine: Ah!, Rajah... Você merece descansar depois de brincar tanto hoje — disse, afagando a cabeça do tigre com a mão — A lei diz que preciso me casar com um príncipe... Mas ela está errada, eu não quero me casar com alguém que nem ao menos conheço.

Rajah: Mwaar...

Jasmine: Quero que seja por amor! Eu nunca fiz nada por minha conta, nunca tive os meus amigos — disse, vendo o tigre protestar — Claro, apenas você... Eu quero ir além dos muros do palácio! Mas se eu não posso... Eu não quero mais ser princesa!

"Que bom, porque eu tô doida pra ser!"

    A voz de Carvanha soou pelo quarto, fazendo Jasmine correr até a sacada, vendo a Pokemon em cima de seu tapete mágico.

Jasmine: Oh! Feia de Neve, já faz um tempo que não nos vemos! Conseguiu ser a nova princesa da Disney? — perguntou, debruçando-se para olhar para ela.

Carvanha: Ainda não, mas tô no caminho! Agora que tenho joias e o mosquito, meu tapete mágico, talvez tenha mais chances de ser reconhecida!

Jasmine: Entendo... Me conte, como é viajar por aí? — perguntou, olhando para as estrelas. — Era tudo que eu queria fazer! Ver o mundo com os meus olhos ao invés de imaginá-lo pelo que leio nos livros! Ser livre, como você, para ir aonde bem entender, é uma ideia tão mágica! Por isso, me conte, como é?

Carvanha: Por que você não vai descobrir, ué? — perguntou, deixando Jasmine confusa. — Vem pro tapete!

   Olhando para seu quarto com receio, Jasmine encara Rajah, que pisca para ela, a incentivando. Decidida, salta para o tapete de Carvanha, que esconde as joias com medo de ser roubada.

Jasmine: Tchau, Rajah! — gritou, acenando para o tigre, que volta a dormir — Isso é mesmo seguro?

Carvanha: E você acha que eu sei? Tô nele faz menos de uma hora!

    Voando pela cidade, Jasmine ficava encantada com a paisagem. Carvanha apenas relaxava com o vento, mas para a mulher, a experiência já estava incrível. Vendo o sorriso no rosto da princesa, a Pokemon pensa em seu desejo de tornar-se uma também, a achando linda naquela noite.

Carvanha: Olhe eu vou lhe mostrar — cantou, chamando a atenção de Jasmine, que ainda sorria — Como é belo esse mundo! Já que nunca deixaram o seu coração mandar... Eu lhe ensino a ver, todo encanto e beleza! Que há na natureza, num tapete a voar... UM MUNDO IDEAL!

Carvanha: É um privilégio ver daqui! — continuou a cantar, vendo Jasmine afastar os cabelos do rosto, apreciando a vista do palácio por um ângulo totalmente novo — Ninguém pra nos dizer, o que fazer! Até parece um sonho...

   O tapete levava Carvanha e Jasmine para além das nuvens. A cidade, Agrabah, tornava-se minúscula e Jasmine brincava de fazê-la sumir com os dedos, rindo e mudando sua postura.

Jasmine: Um mundo ideal — cantou, surpreendendo Carvanha por sua voz ser tão melodiosa — Um mundo que eu nunca vi... E agora eu posso ver, e lhe dizer, que estou num mundo novo com você!

Carvanha: Eu num mundo novo com você...!

Jasmine: Uma incrível visão... Neste voo tão lindo! Vou planando e subindo para o imenso azul do céu! Um mundo ideal!!

   Enquanto isso, Mickey socava uma bancada, irritado ao ver, através de um caldeirão mágico, Carvanha no tapete cantando com Jasmine. 

Mickey: Era para ser o Aladdin... As histórias das princesas são as mais importantes, se ela mudar todas, tudo não poderá voltar ao normal! — exclamou, desesperado. Havia uma outra presença na sala, oculta pelas sombras — Eu... Eu aceito a sua proposta.

Continua