Capitulo 98: A tarde quase romântica de Leuri e Wally!

    Em Lilycove, o grupo de Leuri decidiu tirar um último dia de folga para finalmente conhecer a cidade, já que não tiveram tempo pra isso. No Centro Pokemon, eles conversavam e Leuri estava de mãos dadas com Wally.

Leuri: Você tem certeza que vai ficar tudo bem, Brendan? Sabe que pode me ligar qualquer coisa, não é? — perguntou, olhando para Brendan, que concorda com a cabeça.

Wally: Obrigado, Leuri e eu precisávamos de um tempo para nós dois depois de tantas coisas que aconteceram! Lembre-se do que eu te disse ontem no shopping, Brendan — falou, piscando para Brendan, que disfarça um sorriso.

Brendan: Fiquem tranquilos, aproveitem o tempo de vocês, estarei no campo de batalha do Centro Pokemon — falou, tranquilizando-os — E acho que ninguém vai fazer algo de mal pra mim, tô acompanhado por ninguém mais, ninguém menos que...

Harley: Yo!!! — gritou, saltando nas costas de Brendan, que quase cai no chão — Upa!! Cavalinho Brendan!

Brendan: Eek... Chamei o Harley pra praticarmos combinações — falou, colocando Harley no chão.

Harley: Enquanto vocês se pegam e rebolam nas discotecas, eu vou estar melhorando minha técnica e servindo de exemplo pro Brendanzinho!

Carbink: Uh... Ficaremos sozinhos, Rolycoly — disse, um tanto entristecido por não ser incluído.

~Roly!

   Com uma bola em formato de Pokeball em sua cabeça, Rolycoly desliza até Carbink, o chamando para brincar.

Carbink: Okay! Podemos praticar mais nossos movimentos e fazer algo divertido! Vou te ensinar a receita dos Pokeblocos do Carbink!

   Todos se separam, animados com o que farão hoje. Brendan e Harley, no campo de batalha do Centro Pokemon, liberavam seus monstrinhos para o treino.

~Min!!

    Balançando suas mãozinhas, Mini as energizava, fazendo sua dança tradicional, gerando eletricidade em seu corpo e a espalhando por todo o campo.

~Draaam!!

    Melvin concentra energia em sua boca, arrepiando seu corpo e disparando-a na forma de um imenso Drampa, na direção de Mini. Esta absorve a energia do golpe para suas mãos, como se laçasse o dragão e o transformasse num complemento para sua performance.

~Plus plus plus!!

   Apoiando sua irmã, Pulu dançava como ela, também gerando eletricidade. Mini ficava feliz de vê-lo presente, era algo que sentia muita falta.

Brendan: Estão ótimos, Mini e Melvin! Vocês são uma dupla incrível! — parabenizou, batendo palmas para os dois Pokemon, que se curvam.

Harley: Hey, fofuchos! Vejam só o que Sirigueijo está aprendendo! — exclamou, apontando para seu Crawdaunt.

~Craw!

    Girando seu punho envolto por água, Sirigueijo fazia movimentos em sequência que passavam a ideia da água agir como uma onda do mar.

Harley: Performance de surfista bronzeado! — exclamou, com óculos de sol e a roupa aberta, mostrando o peitoral e a barriga, fazendo Melvin tapar os olhos de Mini e Brendan.

~Crawdaunt!!

   Movendo mais algumas vezes seu braço, Sirigueijo soca o chão, formando uma grande onda e surfando acima dela, com a estrela de sua cabeça brilhando intensamente, como o sol numa praia.

Brendan: Wow! Perfect, Harley!

Harley: Óbvio!

    Caminhando por uma feira que acontecia em Lilycove, Leuri e Wally observavam os produtos. Tratavam-se de quiosques de outras cidades que não tinham uma loja no shopping, apresentando suas mercadorias.

Wally: Hey! Aquele bicho é igualzinho a você! — exclamou, rindo e apontando para uma pelúcia pendurada num quiosque.

   Encarando a pelúcia por alguns segundos de silêncio, Leuri pisa no pé de Wally, que passa a rir alto.

Leuri: AAAAH!! EU TÔ TODA FOFA E PASSEANDO COM VOCÊ, PRA SER COMPARADA COM AQUELA ABERRAÇÃO??? — gritou, chamando a atenção de diversas pessoas que andavam na feira.

Wally: C-Calma, era brincadeira, desculpa — pediu, vermelho de vergonha e em desespero, até perceber que Leuri ria da cara dele — Heeeeh?!

Leuri: Você nervosinho é imperdível! Hahaha!! — riu, caçoando de Wally, que agora sente mais vergonha ainda — Nem parece aquele menino super sério e frio que você era na escola da Roxanne!

Wally: É porque você só me alegra — disse, fazendo Leuri rir mais.

Leuri: Seu bobão fofo! É super divertido ter você comigo! — exclamou, virando-se para ver outros produtos, deixando Wally um pouco mais sério, sem perceber — Aaaaah! Veja essa mochila!

    Enquanto Leuri se divertia com a mochila que parecia o casco de um Chesnaught, Wally a observava, um pouco sem expressão, até abrir um pequeno sorriso. A garota percebe, encostando seu cotovelo nele.

Leuri: Hey! Por que está me olhando como se eu fosse a Diantha? — perguntou, rindo.

Wally: Nada demais — respondeu, disfarçando o riso com o punho direito — É que eu me sinto tão feliz por tê-la comigo, você não tem ideia de como é essa sensação. Depois de tanto tempo sendo um Lycanroc solitário...

Leuri: Lycanroc solitário — caçoou da expressão de Wally, que revira os olhos, a dando um selinho — Heh! Fico feliz que se sinta bem, eu adoro me sentir assim!

Wally: Falando em coisas boas, essa mochila fica muito bem em você — disse, observando com mais atenção a mochila — E não está tão cara...

Leuri: Ai, eu bem que precisava de um espaço maior pra guardar minhas coisas, enfio tudo na mochila do Brendan! — disse, coçando o queixo — Você acha que gasto meu dinheiro nisso?

Wally: Eu apoio! Ah!, e volto já! — exclamou, correndo até outra barraquinha, deixando Leuri um tanto confusa.

Leuri: Credo, me largou aqui, só pra não pagar... — murmurou, abrindo sua bolsa pra pegar o dinheiro e pagar pela mochila.

    Quando estava pegando o troco, Leuri nota algo entre as pessoas, o que a deixa paralisada. Acreditava estar olhando para Diego, reconhecendo-o pelo casaco.

Leuri: Diego — falou, boquiaberta, mas algumas pessoas passam pela frente dele e assim que consegue visão novamente, ele não estava mais lá — Não... Ele ficou em Kalos. Não surta, Leuri.

Wally: Heeey! Estamos de volta! — exclamou, cutucando Leuri no ombro, a fazendo dar um pulo de surpresa. Gallade estava ao seu lado — Tudo bem?

Leuri: Sim, sim... — disse, com uma mão na cabeça. Assim que abre seus olhos, vê uma maçã em formato de coração, com muito açúcar — Uma maçã do amor?!

Wally: Está surpresa? Isso que fui comprar! — exclamou, sorrindo — Gallade só espantou a fila.

~Gallade!

Leuri: Eu amei! — exclamou, lançando-se na maçã, deixando Wally confuso, já que esperava por um abraço — Desculpe, eu achei que tivesse visto o Diego, por isso estava desfocada!

Wally: Ah... O Diego — disse, vendo Leuri tentando morder a maçã — E era ele?

Leuri: Não sei, prefiro não pensar nisso agora — disse, dando o braço para Wally, voltando a caminhar.

   Caminhando mais um pouco com Wally, Leuri percebe uma fábrica de Pokeblocos, quase engasgando com a maçã. Gallade a ajuda a cuspir, com o menino rindo dela.

Leuri: Meu Arceus!! O Carbink iria amar esse lugar, precisamos mostrar isso pra ele! — exclamou, pegando seu celular para tirar foto da fábrica.

Wally: Ele não iria querer sair daqui! — exclamou, até sentir Leuri encostando a cabeça em seu ombro, agarrada ao seu braço, o que o deixava confortável.

Leuri: Aliás, o que você disse para o Brendan no shopping? — perguntou, colocando a língua pra fora, curiosa.

Wally: Heh, você está pensando nisso? — perguntou, rindo — Bem...

No dia anterior...

Carbink: Yo, I'll tell you what I want, what I really, really want! — cantou no microfone do karaokê. Tinha Rolycoly ao seu lado.

~Roly roly coly, Rolycoly! (So tell me what you want, what you really, really want!")

   Percebendo que Brendan estava muito quieto, Wally o cutuca, chamando sua atenção.

Wally: Sei que não conversamos muito, você não deve se sentir tão a vontade — disse, sem olhar nos olhos de Brendan — Mas consigo perceber que tem algo na sua cabeça.

Brendan: É que... Eu estraguei tudo com a minha melhor amiga, você deve lembrar da May, e agora acho que é tarde demais para recuperá-la... Além de que sinto saudades do Diego com a gente, demorei bastante pra me conectar com ele — confessou, suspirando em seguida.

Wally: Brendan, eu tenho certeza que a May pode te perdoar quando conversarem direito, eu lembro de como era a amizade de vocês na escola — falou, encostando no ombro de Brendan — Eu nunca vou ser como o Diego, mas somos amigos também.

Brendan: É, quando eu encontrá-la de novo, vou falar que nunca mais vou agir como estava com ela! — exclamou, determinado — Obrigado, Wally!

~~~~~~

Leuri: Puxa! Eu fico mesmo feliz por você estar fazendo amizade com o Brendan! Ele é muito fechado, as vezes até comigo, mas é um grande amigo, teve um tempo que eu não sabia o que teria sido de mim se não o tivesse — falou, até que escuta um barulho, virando-se de costas.

Wally: Gallade!! — exclamou, vendo Gallade diante de um homem de jaleco, que parecia desesperado. Diversas folhas de papel estavam espalhadas pelo chão.

???: Foi um acidente, esbarramos, hehe — disse, vendo Gallade usar seus poderes psíquicos para reunir as folhas.

Wally: Mil perdões, Gallade é um pouco desastrado — disse, vendo seu Pokemon protestar.

Leuri: Huh? — recolhendo um dos papéis, Leuri vê várias palavras que ela não entendia, desistindo de ler.

???: Hehe, está curiosa, não é? — perguntou, aproximando-se de Leuri — É minha pesquisa sobre os sonhos das pessoas e Pokemon.

Leuri: Os sonhos?

Cozmo: Sim, me chamo Cozmo, estudo os sonhos. Já deve ter ouvido falar de mim, fiquei famoso com minhas descobertas na Meteor Falls.

Leuri: Que legal!! — exclamou, querendo saber mais sobre.

Wally: Eu achei bem chato, Leuri...

Leuri: Não seja assim, Wally! — repreendeu, voltando-se para Wally, até ver novamente o casaco azul aproximando-se. A pessoa estava curvada e usando o capuz — Diego! Eu sabia, era você mesmo!

Cozmo: Huh?

Wally: Diego? — perguntou-se, virando de costas e vendo a pessoa de capuz, que o retira e arruma sua postura, revelando ser uma mulher. Leuri fica sem reação, apontando para ela.

???: Você... Você tirou tudo de mim e me rejeitou! — gritou com o homem, que engole seco.

Leuri: Hey! Quem é você? — perguntou, sendo ignorada pela mulher.

Cozmo: Esta é Nessa, ela liderou pesquisas sobre uma caverna que não temos informações em Hoenn, mas estava desaparecida.

Nessa: Pesquisas que você recusou por não se importar... Mas quanto as outras, aquelas você gostou, não foi, Takao Cozmo? — provocou, sacando uma Dive Ball.

Nessa: Agora, Cozmo, você vai pagar pelo que fez! — gritou, apontando a Dive Ball na direção do homem, mas...

Carbink: Hey! O que está acontecendo aqui? — perguntou, saltitando para perto de Leuri, que fica surpresa ao vê-lo — Vim assim que mandou a foto do paraíso dos Pokeblocos para o Brendan!

~Rolycoly!

   Deslizando para perto de Carbink, Rolycoly passa a saltitar, animado ao ver a fábrica. Nessa abaixa sua Pokeball, arregalando os olhos ao vê-lo. O carvão, ao notá-la, recua um pouco.

Nessa: Você... Você é o Rolycoly — disse, ajoelhando-se e deixando sua Dive Ball cair — Meu parceiro!

Carbink: Quê? — confuso, Carbink saltita para a frente de Rolycoly, desconfiado — Rolycoly é meu amigo e Pokemon! O que você tem com ele?

Nessa: Você fala? — questionou-se, mas logo volta-se a Rolycoly, fazendo força para não chorar — Eu pedi para Cozmo financiar minha pesquisa sobre o povo Draconid... Ele descobriu que a Meteor Falls está relacionada e eu complementei ligando ao Pokemon que vive no espaço, Rayquaza.

Wally: Cozmo é aquele cara — disse para Carbink, apontando para o homem de jaleco. Leuri pensava no nome que Nessa pronunciou, "Rayquaza".

Nessa: Argh — ela fazia força para lembrar-se — Ele me enganou, não quis me escutar, mas roubou minhas pesquisas para ficar com todo o crédito.

Cozmo: Isso não é verdade — disse, enfiando seus papéis numa bolsa.

Nessa: Fique quieto, escória — revidou, o fuzilando com o olhar — Rolycoly era o Pokemon que me ajudava em explorações. Quando fui controlada por Dragonair na caverna em que desapareci, o libertei. Agora me lembro disso tudo.

Carbink: Isso é verdade, Rolycoly? — perguntou, vendo seu amigo confirmar — Então... Você quer ir com ela?

Leuri: Não, Carbink! — exclamou, mas Carbink não olha para seu rosto.

Carbink: Rolycoly tem o direito de decidir, deixe-o falar — disse, com voz de choro.

~Roly...

   Encostando-se em Carbink, Rolycoly escolhe o seu lado, aliviando a pedra falante. Nessa grita e soca o chão, levantando-se e pegando sua Dive Ball.

Nessa: Ninguém quer ficar comigo, não é? Vocês só querem me usar! Mas isso acaba hoje, eu não admito mais! — pressionando o botão central de sua Pokeball, Nessa libera um Drednaw, que firma suas patas no chão, rosnando para Leuri e Wally como se os conhecessem.

~GWAAR!

Leuri: É o Drednaw que não conseguimos vencer na Casa dos Truques! — falou, arrepiando-se só de ver o Pokemon.

Wally: Não vamos deixá-lo machucar ninguém aqui — disse, com Gallade tomando sua frente, em posição de batalha. Leuri libera Sceptile, que logo entende a situação.

~Sceptile!

    Afiando suas lâminas, Sceptile desafia Drednaw, que chutava o chão para trás, pronto para avançar em sua direção.

Nessa: Ataque, use Crunch! — gritou, apontando para Sceptile.

   Expandindo sua energia pelo local, Drednaw faz todos tremerem, incluindo Nessa. Ele abre sua boca e suas presas triplicam de tamanho, passando a correr na direção de Sceptile e Gallade.

Wally: Temos um truque! Grass Knot! — comandou de imediato.

   Gallade passa a se comunicar com a natureza, focando sua visão na direção que Drednaw corria. Logo, uma planta sai do chão, erguendo o Pokemon pela barriga.

Nessa: Use Hydro Pump!!! — gritou, furiosa.

~DREWWW!!

   Mesmo do alto, Drednaw faz um enorme disparo de água, conseguindo atingir Gallade, que se ajoelha.

Leuri: Vá com Leaf Blade, Sceptile! — exclamou, levantando o braço.

~Scep!!

    Dando um grito de guerra, Sceptile prolonga as lâminas de seu braço, as cruzando e saltando para atingir Drednaw, que cai do topo da raíz de planta, mas seu casco o salva de danos.

Carbink: Aonde você vai? — perguntou para Cozmo, que o ignora e passa a correr agarrado em sua bolsa.

Nessa: Não! Não vai fugir, seu desgraçado! — berrou, mas Leuri e Wally estavam determinados a impedi-la de fazer algo — Drednaw, use Rock Tomb!

   Drednaw bate suas patas no chão, fazendo rochas serem arremessadas contra os Pokemon de Leuri e Wally.

Carbink: Rolycoly, nos proteja! — pediu, saltitando para perto de Gallade e Sceptile.

~Rolycoly!!

   Formando um escudo protetor ao seu redor, Rolycoly o manipula para bloquear as rochas, que batiam nele e caíam no chão, protegendo todos.

Carbink: Aquele Drednaw tem força e defesa igualmente gigantes!

Leuri: Vamos precisar de mais poder — disse, passando a vasculhar sua bolsa, até que retira uma pedra.

Wally: A Mega Stone do Sceptile que eu te dei — falou, olhando para a pedra. Leuri afirma com a cabeça, correndo até seu Pokemon.

Leuri: Sceptile, você mal evoluiu, mas quero que tente realizar a Mega Evolução, assim como o Camerupt — pediu, entregando a pedra para Sceptile, que arregala os olhos — Sem pressão, ok? Camerupt e eu ainda nem aperfeiçoamos isso, sinto que somos mais conectados, mas está tudo bem se não der certo!

Nessa: Mega Evolução? Você por acaso acha que é experiente o suficiente pra dominar isso, garota? — perguntou, caçoando de Leuri.

Leuri: Você não me conhece, Nessa — disse, abrindo um sorriso — Sou Leuri Azura, já tenho sete insígnias e Sceptile e eu estamos juntos faz meses! Daremos nosso melhor por nós mesmos!

   A Key Stone do bracelete de Leuri passa a brilhar. Uma sensação conhecida invade a menina, que ergue seu braço.. Sceptile, com a Mega Stone em mãos, estava espantado com as novidades em seu corpo, que passava a se modificar.

   Wally, com os olhos brilhando ao ver Sceptile Mega Evoluir, sente-se tonto, recebendo apoio de Gallade, que deixa o combate para ajudá-lo. 

   Concluindo sua Mega Evolução, Sceptile sente um novo poder fluindo por seu corpo, o que era difícil de manipular, mas ele estava ansioso para testar. Como nunca antes, sua relação com Leuri parecia intensa, quase como se ele pudesse sentir o que ela sentia.

Leuri: Sceptile, conseguimos! — exclamou, com os olhos brilhando ao ver o Pokemon — Vamos vencer essa batalha agora! Deixe com a gente, Wally e Carbink!

Carbink: Como quiser! — exclamou, sem deixar Wally opinar.

Leuri: Use Frenzy Plant! — gritou, empolgada com o momento.

   Usando muito de sua força, Sceptile crava suas garras no chão. Todo o seu corpo é envolto por aura verde e então ele ruge. Em questão de instantes, diversas raízes gigantes saem do solo, assustando Drednaw, que tenta desviar, mas acaba sendo pego, gritando de dor.

Nessa: Crunch!

~Gwarr!!

   Mordendo as raízes, Drednaw fazia força para parti-las, mas logo novas surgiam. Sceptile, sem estar Mega Evoluído, precisava de muito mais forças para manter esse movimento, mas agora controlava tranquilamente.

Leuri: Bullet Seed, Sceptile!

   Nas costas de Sceptile, haviam munições de sementes explosivas. Chacoalhando seu corpo, ele as dispara como mísseis na direção de Drednaw, que cai de barriga no chão.

Nessa: Não! Erga-se, Drednaw! — brandou, assustada com a força do Pokemon.

Leuri: Finalize! 

~SCEPTILE!!

   Sem entender direito mas apenas seguindo seu instinto, Sceptile salta e dispara sua cauda contra Drednaw, a explodindo nele. O Pokemon rola para perto de Nessa, completamente sem condições de continuar combatendo.

Nessa: Não! Garota desgraçada! Por que quer ficar no meu caminho?! Eu quero parar o Cozmo, o vilão é ele, não eu! — gritou, segurando sua cabeça, parecendo sentir dores.

Carbink: Esperem, eu vou falar com ela — disse, saltitando na direção de Nessa. Leuri iria protestar, mas pensa melhor e apenas observa.

Carbink: Nessa, oi — disse, aproximando-se da mulher, que o encara com desprezo — Eu sei como você está se sentindo!

Nessa: Impossível! Você é só um Carbink falante, não pode me compreender!

Carbink: Eu também me sinto mal, perdido e sozinho muitas vezes, inclusive hoje mesmo estive assim — confessou, conseguindo a atenção da mulher.

Nessa: Você não entende... Tiraram tudo de mim. Fui enganada e caí no esquecimento no ramo da ciência, um Pokemon me manipulou e me escravizou numa caverna que eu explorava, foi horrível, aos poucos recupero minhas memórias. Esta sou eu, agora...

Carbink: Você pode melhorar sua vida se deixar de culpar tanto os outros pelo que está acontecendo e trabalhar em si mesma — sorrindo por debaixo de seus pelos, Carbink aguarda uma resposta de Nessa, que fazia silêncio, o encarando.

Nessa: Isso... Está certo. Você tem razão, me dói admitir, mas estou surtando — falou, rindo em seguida, mas não era porque achou graça, mas sim por desespero — Quer saber? Não me importa mais o que eu fui. Não quero minhas memórias antigas de volta, o que importa é quem sou atualmente! Muito obrigada, cuide-se.

   Regressando Drednaw para sua Pokeball, Nessa veste o casaco azul mais uma vez. Ela sorri para Carbink e então encara Leuri com raiva, colocando o capuz e dando as costas para todos.

~Scep!

   Observando Nessa caminhar para longe, Sceptile regressa para sua forma normal, exausto. Leuri o abraça, um tanto afllita pelo que acabou de acontecer.

Leuri: Essa mulher... Espero que ela fique bem — disse, olhando para Carbink, que sorria para Rolycoly.

Wally: Você lutou muito bem, Leuri, e Carbink ajudou Nessa de uma forma surpreendente — parabenizou, batendo palmas — Fico feliz que já consiga usar a Mega Stone que te dei... Acho que essa espécie de Pokemon mexe um pouco comigo.

Leuri: Tudo bem, obrigada por me apoiar, Wally — agradeceu, acariciando o rosto de Wally, onde dá um beijinho — No fim, não conseguimos fazer muitas coisas...

Cozmo: Heh! Com licença! —pediu, cutucando Leuri, que não sabia de onde ele veio — Perdão pela minha saída, não tenho Pokemon comigo que sejam bons em batalha, fiquei com medo! Estou muito grato por terem me ajudado!

Leuri: Está tudo bem, não precisa nos agradecer!

Wally: Serve como desculpas pelo inconveniente com os papéis, também.

Cozmo: Menina, você e seu Sceptile me chamaram muito a atenção... Por favor, deixe-me mostrá-la minhas pesquisas sobre sonhos, creio que será uma experiência única! Aceita vir comigo? Voltaremos logo!

Leuri: Bem, acho que pode ser mesmo interessante! Posso levar meus amigos?

Cozmo: É um tanto sigilosa, prefiro que só você vá comigo — disse, liberando um Fearow de uma Great Ball — Suba aqui, iremos até Mossdeep e voltaremos em menos de uma hora.

Leuri: Okay! Wally, Carbink, voltarei logo! — disse, agarrando-se ao pescoço de Fearow.

Wally: Claro... Esqueça nosso passeio — murmurou, vendo o Fearow levar Leuri e Cozmo pelo céu. A maçã do amor de Leuri havia sido derrubada durante a batalha e agora estava suja de terra.

Carbink: A Leuri tem dessas — disse, olhando para Wally, que força um sorriso — Mas não estou com um bom pressentimento sobre isso...

    Já em Mossdeep, Leuri se encantava com os prédios da cidade, que eram altos comparados com outras cidades de Hoenn. Cozmo a leva até o maior edifício, o Mossdeep Space Center, onde ambos vão para a sala dele.

Cozmo: Estou fazendo uma pesquisa sobre sonhos, como disse antes. É possível controlar-se neles e continuar produzindo enquanto descansa. Com o dispositivo que inventei, qualquer pessoa pode usar o máximo de seu cérebro.

Leuri: Uau! Isso é incrível! Sempre fui curiosa sobre os sonhos — disse, vendo os dispositivos da sala.

Cozmo: Quer testar? Por favor, seus resultados irão me ajudar muito! — pediu, juntando as mãos.

    Leuri acaba concordando e Cozmo a faz deitar numa mesa de metal, colocando um capacete nela, ligando fios em sua cabeça. 

Leuri: Vai demorar muito?

Cozmo: Você não vai nem notar o tempo... — disse, abrindo um sorriso em seguida. Ele aperta um botão vermelho numa mesa com vários outros e Leuri fecha os olhos, caindo no sono — Perdoe-me...

    Nesse momento, a porta da sala se abre. Cozmo sabia quem era, mas não queria olhar para ele.

 — Você fez um bom trabalho, Cozmo. Continue sendo o vagabundo obediente que é e continuarei mantendo em segredo sua conduta como pesquisador. Imagine, sua família sendo vítima de seus ideais conturbados... Que piada.

Cozmo: Por favor, não. A menina já está presa no sonho — disse, curvando-se para o homem.

Stone: Isso vai tirá-la de jogada de uma vez por todas, já que Lysandre falhou — com um sorriso ameaçador, Stone encara o rosto de Leuri, aproximando suas unhas dele, mas logo recuando — Fique viva.

Continua