sexta-feira, 14 de agosto de 2020

Capitulo 130: O jogo.

   O ritual foi completo, com todos os Draconid presentes. Rayquaza, o dragão que governa os céus de todas as realidades, está em Hoenn, mas Xerneas e Yveltal entraram novamente em conflito. Movido pelo ódio e a frustração de ter acreditado que por uma vez na eternidade a história seria diferente, Yveltal fundiu-se com Rayquaza, trazendo um tornado de Dark Aura para cima do oceano.


   Sabendo agora da maldição, Leuri percebe que, mais do que nunca, o livro precisa ser destruído, ou então Xerneas e Yveltal nunca poderão se resolver, ou mesmo Diego e ela. Mas com o surgimento do novo conflito, destruir o meteoro é a prioridade, antes que ele adentre a atmosfera do planeta.


Zinnia: Eu já não a sinto mais... Eu sinto muito, Zéfiro, eu não vou conseguir — entre suas mãos, a luz era fraca, logo sumindo — Eu perdi... a esperança.

   Encarando Zinnia naquele estado, Brendan balançava a cabeça por instinto, negando que aquilo estivesse acontecendo. Ele sente-se abraçado, e vê a silhueta de Melvin, mesmo que o dragão estivesse dentro da Pokeball, e então ouve uma voz que o lembra de algo importante.


Brendan: Você não perdeu a esperança, Zinnia! Eu sou a esperança! — exclamou, segurando nos ombros dela.


   Fitando o garoto, ela lembrava-se do passado, e não o via em sua frente, mas sim...


"Você nunca perderá a esperança, Zinnia! Eu sou ela, e estou contigo!"


Zinnia: Zéfiro...  lacrimejando, ela se abraça em Brendan, que corresponde  Todos estão tentando...


Lisia: Continuem!  gritava para os líderes de ginásio, voando nas costas de Ali, próxima do redemoinho.


Winona: Altaria, esse é o nosso maior desafio! Mas vamos conseguir!  gritava, contornando os ventos com Altaria, mas era muita pressão e a Pokemon começava a se sentir mal.

Norman: Com a combinação que criei, puxaremos a fusão do centro desse redemoinho!  gritava para os outros que lutavam, todos assentindo  Avante!

   O Glalie de Glacia formava plataformas de gelo pelo ar, dando impulso para o Medicham de Brawly e o Torkoal de Flannery contornarem o redemoinho, mas nenhum de seus golpes surtia efeito. Uma onda obscura atinge Winona no céu, deixando-a com olheiras, assim como Altaria, e ambas caem para perto de Wattson, que as pega montado em seu Manectric.


Roxanne: Mas como...  ela vê a forma de Y brilhando no peito de Winona  Do que esse redemoinho é feito? Simplesmente Dark Aura?

   Ao seu lado, Sidney também ajoelhava-se, com a marca de Y na testa. Preocupada, Roxanne buscava compreender as propriedades da aura de Yveltal.


Roxanne: Eu acredito que não seja simplesmente a essência de Yveltal... A Dark Aura são os sentimentos dele, e como uma divindade, seu poder de influência está se propagando — concluiu — Nós teremos que ser rápidos.


   Um pouco afastado do combate, no salão nobre, o grupo de Leuri estava reunido. Muitos cidadãos de Sootopolis haviam voltado para suas casas, achando se tratar de algo normal na cidade, mas aqueles que sabiam a verdade se mantinham para combater.


Leuri: Eu precisarei ir para a biblioteca de Rustboro, encontrar o livro e destruí-lo!  falava, assumindo sua responsabilidade, assim que Brendan retornou com suas roupas normais.


Brendan: Mas chegar em Rustboro não é algo tão rápido, precisamos parar o meteoro primeiro.


Carbink: O Hoopa existe pra isso!

~Carkol!

Hoopa: Heh?


Diego: Com Hoopa transportando, fica muito mais simples mesmo, mas não podemos deixá-lo exausto fazendo uma viagem tão longa.


Harley: E esses anéis são de ouro mesmo? Achei chique, dariam um ótimo brinco!  perguntou para Hoopa.


May: Eu tenho brincos que lembram argolas douradas. Será que...

~Carkol!

Carbink: Carkol pediu foco!


Wally: Você precisa ir com Diego para a biblioteca  falou para Leuri, mas sem olhar nos olhos dela. Sentia-se mais pálido e fraco, mas precisava continuar  É mais garantido que façam isso juntos.

Leuri: Wally... Seja forte  desejou, vendo Gallade abraçar o garoto, compartilhando suas energias com ele.

Brendan: Os lendários precisam ser parados também, mas sem Rayquaza, não vamos conseguir! É uma luta grande demais, e ainda perdemos Xerneas!


Leuri: Xerneas é o foco! Primeiro devem tirá-lo de lá, convencendo Yveltal a fazer isso! Os sentimentos deles são extremos, precisam lembrar o Yveltal de que ele não é ruim, apenas está triste e descontrolado, e está tudo bem se sentir assim.

Laura: Pra mim isso é ser ruim, mas entendi o recado  se intrometeu na conversa, mas Harley a expulsou com seu traseiro.


Zinnia: Rayquaza ainda é o dragão que meu povo venerava, tínhamos uma relação especial e por isso temos o dom de convocá-lo. Brendan, nós dois podemos contornar a mente de Rayquaza para expulsar a negatividade do Yveltal!

May: Eu acho que é uma alternativa, vocês com certeza vão conseguir!  apoiou Brendan, que responde com um sorriso.


Caroline: Também acredito em vocês, praga e... seja lá quem for  aproximou-se do grupo, que se surpreende com isso.

Brendan: Acredita mesmo?  perguntou, e sua mãe assentiu, ajeitando alguns fios de seu cabelo para dentro da touca.

Caroline: Pode ser o fim do mundo... Eu ainda posso ter uma chance de me redimir  falou, e os olhos de Brendan se encheram de lágrimas, fazendo Carbink rir dele.

Brendan: Não será o fim! Nós todos iremos conseguir!  e segurou nas mãos de Zinnia, correndo com ela para fora do salão.


Wallace: Para de se mexer um pouco, que coisa!! — reclamava, segurando Joseph Stone pelo braço direito, enquanto Steven estava no esquerdo.

   Leuri percebe que estavam conversando, decidindo ver se era algo que podia ajudar.

Steven: Ótimo que já está pronta, nós iremos até o Mossdeep Space Center — falou para Leuri.

Leuri: Heh? Do nada?

Stone: Não é do nada — a respondeu — A arma que desviaria o meteoro será usada para destruí-lo, e está no Mossdeep Space Center.

Wallace: Eu preciso cuidar dos meus irmãos, vocês terão que ir com Steven e o pai dele! — pediu, e Harley cruzou os braços.

Harley: Se alguém for cuidar de mim, que seja alguém bem malhado e influente!


Wally: Vão sem mim, reconheço meus limites e preciso descansar, não posso esgotar o Gallade também!

Diego: Podemos chamar o Black — sugeriu, e Leuri procurou pelo garoto, que cuidava de uma ferida na asa de Pidgeot.

Black: Eu sei o que vai pedir — falou, de costas para Leuri quando ela iria cutucá-lo — Não posso ir, não consigo. Espero que entenda... Te explico depois, Leuri, mas isso depende mais de você agora. 

Leuri: Sem problemas, Black, mas depois vamos conversar sobre isso! — ouviu o menino rir, virando-se para apertar a mão direita dele.


   Passando pelo portal de Hoopa, os que foram para o Mossdeep Space Center foram Steven, Stone, Leuri, Diego, Carbink, Carkol e May, com o objetivo de ativar a arma de lá. Stone hackeou rapidamente o sistema de segurança, invadindo sem problemas, o que Steven não sabia se agradecia ou se ficava bravo com ele.


Stone: Quando investigaram esse lugar por minha causa, procuraram por uma sala onde eu guardasse minhas pesquisas ou sei lá a ideia que tinham, mas a verdade era que estava aqui, o tempo inteiro — abriu os braços, e todos reparavam na recepção, a área livre para pessoas visitarem o centro, expondo fragmentos de cometas, modelos de foguetes entre outros projetos.

Leuri: Quer dizer que você ficava disfarçado entre os visitantes? Droga, eu deveria imaginar! — estalou os dedos.

Stone: O quê? Não! — caminhou até o balcão onde no período de trabalho, funcionários recolhiam o preço de entrada, saltando para trás dele — Aonde estava mesmo...

    Passando sua mão por baixo do balcão, uma parte sobreposta é encontrada, e ele a aperta. Perto de Carbink, um buraco redondo se abre, e Carkol cai nele por acidente.

Carbink: Carkol!!

Stone: Ele está bem, é esse o caminho para chegarmos até a arma. É uma sala subterrânea, a mente pequena de vocês nunca a acharia — sorrindo orgulhoso, ele pula para o buraco, e todos se olham.


May: Como vamos saber se é seguro?


Carbink: Tem um jeito! — exclamou, e saltou nas costas de Leuri, a derrubando no buraco.

Diego: CARBINK!!! — apavorado, ele se ajoelha na frente do buraco para procurar por Leuri, mas May o empurra também — AAAAH!!

May: Droga, Carbink, não precisava! — fingiu ter sido culpa dele.


Leuri: SOCORRO!!! — ela rolava por uma rampa com almofadas acopladas, até chegar num terreno iluminado, vendo Stone e Carkol. Diego, em seguida, cai em cima dela — Ai morri de vez!

Carbink: LEURI VOCÊ TÁ VIVAAA? — gritou para dentro do buraco.

Leuri: DESCE AQUI QUE VOCÊ NÃO VAI ESTAR MAIS! — levantou as mangas de sua blusa, como se preparasse para bater nele.

   Em segundos, Steven, May e Carbink também estavam ali, com a pedra querendo repetir tudo por achar divertido escorregar. 


Stone: Não reparem muito no lugar, foi meu escritório principal, mas eu cuidava disso sozinho — falava, e todos observavam nas paredes.

Steven: Você escondeu tantas coisas e sempre descobrimos mais... Por quanto tempo pensou nisso? — perguntou, vendo as luzes se acenderem no fim da sala, revelando grandes computadores na frente de uma cúpula de experimentos.


Stone: Você sabe... Uma vida, talvez duas... — continuava a caminhar, com as mãos unidas atrás das costas.

Carbink: Huh? — percebendo que o corpo de Carkol estava iluminando a parte de baixo de uma mesa, ele repara alguns papéis caídos.

   Curioso, Carbink chamou a atenção de May, que pegou os papéis enquanto Stone e Steven ainda conversavam, sem notarem. Ela mostra para Leuri e Diego, que percebem ser uma folha de jornal e passam a ler juntos, mentalmente.

Leuri: Antúlio Stein... O herói de Hoenn? — perguntava-se, lendo o título — O farsante que forjava o desaparecimento de pessoas para salvá-las e ser visto como herói, foi visto pela última vez com o zelador do prédio em que morava. Ambos estão desaparecidos.

   No jornal, a imagem de um homem parecido com Joseph Stone estava com a cabeça rasgada, e Leuri a ergue para ver melhor na luz. Stone vira-se no mesmo momento, mantendo sua cabeça na direção exata do buraco, parecendo encaixar.

Stone: O que está fazendo com isso? — arrancou a folha da mão de Leuri, que recua — Não é o motivo de termos vindo aqui!


Diego: Quem você realmente é? — perguntou, e Stone olhou para a matéria, sorrindo ao ver a imagem rasgada.


Leuri: Antúlio Stein... É seu verdadeiro nome?

Steven: Heh? — olhou para seu pai, confuso.


Stone: Todos temos um passado, mas sou Joseph Stone — respondeu, encarando Leuri com frieza — Não mexa nas minhas coisas.

Carbink: Você não tem direito algum de pedir isso! — se pronunciou, escondendo-se atrás de May.

Stone: Stein foi um herói, mas como todos, foi esquecido por parar de ter feitos heroicos, afinal ficou velho e cansado. Isso não foi justo com ele, então precisava voltar ao que era antes — falou, digitando algo em seu computador, e várias imagens surgem nas telas.


   Percebendo que haviam rostos conhecidos na tela, com anotações sobre cada um, Leuri fica surpresa, vendo que eram catalogados como experimentos numerados.


   Entre as pessoas, uma chama a atenção de May. Tratava-se de sua mãe, exatamente como ela lembrava, e havia sido uma das primeiras.

Steven: Eles são...

Stone: São quase como você. Experimentos meus, corpos que deveriam ser perfeitos, mas eles falharam.

Steven: Você criou mais pessoas em laboratório... — com raiva, tremia seu corpo, tendo os punhos fechados.


Stone: O auge de minha tecnologia foi você, um completamente sem falhas, forte, habilidoso,  inteligente, o filho perfeito. Se tornou o Campeão de Hoenn, a reputação que merece! Meu corpo velho e cansado não viverá a eternidade para cuidar da Devon, como o de Stein!

Diego: O zelador que desapareceu... É você! Ou o seu corpo, mas... — sua fala é afirmada pelo homem.

Stone: Precisava de um corpo mais jovem, então, dei meu jeito de pegar o dele — entrelaçou seus dedos, os estalando — Eu sempre falei que seria um herói, mas é óbvio que um velho empresário com má reputação e que já foi preso não pode ser assim. Já você, meu filho querido, não envelhecerá nunca. É perfeito, como o tolo do Lysandre queria ser, mas foi burro no caminho e no fim admitiu que era um lixo como todos os outros.


Leuri: Lysandre não era nada disso... Ele estava mal, não conseguia enxergar além de seus sonhos, mas no fim conseguiu e viu que era tão humano quanto qualquer um! Não existe ninguém perfeito, somos quem somos por nossas falhas, só podemos fazer o possível para ser a nossa melhor versão!

Stone: Minha melhor versão, é? Pois eu sei qual é ela! — apertando um botão no teclado do computador, a rampa que permitia o acesso para a sala dobra-se e se fecha, prendendo-os lá — A arma capaz de destruir o meteoro está aqui, mas não ativada! Ela é você, Steven!


Steven: Eu não sou uma arma! — gritou, e seu pai revirou os olhos.


Stone: O poder que usei para criá-lo ainda está dentro de você! Infinity Energy, o que Lysandre quis usar na máquina dele, mas nunca entendeu como funcionava!

Diego: Eu me sinto tão irritado — suas veias escureciam, e todos olham para ele — Por alguma razão, eu quero acabar com a vida dele...

Carbink: Não é você, não dessa vez — respondeu, vendo uma aura arroxeada sair dos bolsos do casaco de Diego.

   Ajoelhando-se, Diego sente-se mais pálido, e a Dusk Ball guardada em seu casaco cai no chão, liberando Spiritomb, que consegue materializar-se por completo.


Spiritomb: Você... VOCÊ!


Stone: Meu velho amigo, é? Quanto tempo! — exclamou, e o espírito investiu em sua direção, mas uma barreira formou-se, o bloqueando.

Diego: O que aprisionou Spiritomb... Foi a tecnologia da Devon! — apontou para a pedra que selava Spiritomb, compreendendo os pensamentos dele.

Stone: Spiritomb? É assim que se chama agora? — desdenhou — Esse é o espírito do Capitão Malie, que descobriu meus planos para a Infinity Energy. Entre amor e meu objetivo de vida, vocês imaginam qual foi minha prioridade, não é? Está selado, e mantido nesse plano astral para servir como degrau da escada que me levará ao topo!

Spiritomb: AAARGH! — girando todo o seu espírito, ele aumentava de tamanho pela raiva, mas a barreira de Stone o refutava.

Leuri: Pare! Você já o feriu muito! — abriu os braços na frente de Diego e Spiritomb, tendo Carbink e Carkol ao seu lado.

Stone: Saia da frente! — juntando as palmas das mãos e as separando, uma mão robótica equipa uma mochila de metal em suas costas, e óculos transparentes formam-se presos em sua cabeça. Ele estende o braço direito, puxando pela energia da pedra de Spiritomb, que grita, sentindo dores — Presente, meu filho!!

   Manipulando a energia, Stone suava, parecendo ter dificuldades. Toda ela é guiada para o corpo de Steven, que sente uma pontada em seu peito, caindo sentado.

Stone: ACEITE! Você não tem escolhas! — continuando a mandar a energia, ele vê um vulto que logo se revela ser May, agarrando-se ao seu braço.


May: O que você fez com a minha mãe?! — perguntou, sendo empurrada por Stone, sentindo dor em seu queixo.

Stone: Não me importa se uma das minhas filhas experimentais se reproduziu — frio, ele vê May se cair em lágrimas, mas antes de qualquer coisa, uma parte do teto da sala é quebrado, destruindo algumas mesas com livros empilhados.


    Uma forte ventania é guiada para atingir Stone, que mantém a Infinity Energy com apenas uma mão, usando a outra para bloquear o golpe numa barreira.


   Saltando para o chão, Black firma seus óculos escuros no rosto, impressionando a todos. Leuri volta a encarar a tela onde os experimentos apareciam, e vê a foto de um menino sério.

Black: Leuri, eu sei que mesmo se eu vencer a Diantha, não serei perfeito o suficiente, fui descartado por Stone. Essa é a razão de não conseguir parar de treinar, só de pensar em desafiá-la sem nenhum significado... — revelou, chocando todos.

Leuri: É por isso que não queria vir... Eu sinto muito por tudo que passou, Black! Não poderia imaginar...

Stone: Black... Oh, sim! O experimento dois, trágico, quase conseguiu ser perfeito, chegou tão perto, mas está destinado a buscar tornar-se o melhor e mais poderoso para que me agrade. Todos os meus experimentos errados querem me impressionar, e passarão a vida inteira sentindo-se perdidos — sua fala faz Black abaixar a cabeça.

Black: Meu nome é Black. Preto, escuro, como parece que todos os meus sentimentos são, por sua culpa — levantou-se, apontando para ele.


Stone: Basta! — parando de mirar a energia em Steven, ele crava suas unhas em seu braço, mordendo o lábio inferior pela dor. Uma gota de sangue cai, mas flutua ao seu redor, juntando-se com a Infinity Energy.

   Corpos passam a se materializarem naquele espaço, assustando Spiritomb, que sentia um misto de emoções há muito tempo ocultas. Leuri leva as mãos até a boca, e Carbink, Diego e Carkol não conseguiam dizer nada. Já May, sabia o que viria.


"..."


May: M-Mãe... — assustada, ela encara sua mãe, corando.


Mayara: May...


Enzo: O que está acontecendo aqui? — perguntou, olhando ao redor e vendo as pessoas aparecendo.


Leopoldina: Oh... — ela notou Stone no fundo da sala, arfando de cansaço.

Leuri: Não...


Jeff: Meu pai... Eu finalmente o encontrei!

~Weep! Weep!!


João: Cara, eu estava quase conseguindo fazer uma mulher me amar...


Joseph: Aonde estão Clyde e os outros?! — olhou ao redor, até ver Stone, levando as mãos até a boca.

Leuri: Todos vocês... Não...


Maki: Eu disse que na próxima vez eu estaria diferente — de cabelo cortado, ela encara Leuri, que a reconhece pela voz.


Carbink: Mas... Todas essas pessoas são experimentos do Stone? — perguntou, e Diego o abraçou, ainda ajoelhado.


Leuri: Você falou bem, Carbink, são todas pessoas!

Maki: Agora que eu sei quem eu sou, não vou perder isso! Gosto de ser eu mesma, Maki! — se posicionou, diante de Stone — Agora eu consigo te dizer isso!

Leopoldina: Uh... — aflita, mas encorajada por Maki, ela decide se abrir — Eu já nasci idosa e nem sei o que é ter infância ou vida adulta, mas busco entender isso tudo. Eu encontrei um emprego no shopping, está sendo a melhor coisa que já fiz!

Jeff: Meu pai... Eu procurei por você, por todo lugar! Estou tão feliz de te encontrar!

~Weeeeep!

Stone: Argh... Quando segui aquele Ramos, e criei uma planta porque segundo ele, plantas são perfeitas... — olhou com desprezo para Weepinbell, que estava muito feliz de vê-lo — Nojento.

Enzo: Eu sempre busco alguém que me queira, porque nem mesmo meu pai me quis...

João: Eu também, bro — abraçou o garoto, que correspondeu.

Joseph: Eu... Já achei — corado, ele leva as mãos até o peito — E não vou perdê-lo por nada!


Steven: Todos somos irmãos... E procuramos a aceitação do nosso pai — percebeu, vendo Stone apreciar os lamentos de seus filhos — Isso não está certo!


May: Mãe, eu já sei de tudo... A razão de você ter sido tão ausente — disse, desviando o olhar do rosto de sua mãe.


Mayara: Me desculpe, filha... Por ter colocado você nesse mundo — pediu, e a garota levou as mãos até o pescoço, com dificuldades para falar.


May: Eu também procurei por todo esse tempo por alguma coisa, mãe. Queria um amigo, presente, verdadeiro, e me envolvi com pessoas tóxicas por desespero também. Eu te entendo, mas você sente mesmo por eu existir?


Mayara: Eu... — sem resposta, ela abraça seu próprio corpo, sentindo-se péssima.

   May observa o rosto de sua mãe, aproximando-se dela como quando era criança.


Mayara: Eu sempre fui tão ruim para todos... Nunca vou conseguir achar nada, só consigo viajar em busca de algum mérito para voltar e ser alguém para você e seu pai...

May: Você é alguém! Tem que ser isso para você, não só para nós! — elevou a voz, abraçando sua mãe, que corresponde — Eu nunca reclamei com você sobre a ausência, eu sempre busquei te entender... Eu amo você e não me importo se não consegue dizer o mesmo sobre mim!

Mayara: May... — a cena emocionava o restante das pessoas, que prestavam atenção, até mesmo Stone.


Steven: Todos os filhos que você fez foram a partir do seu DNA, nenhum deles é perfeito porque você também não é, e nunca será, afinal somos pessoas — olhou para Leuri, retomando a fala dela — Todos aqui criaram família, relacionamentos, objetivos ou estão se conhecendo agora! Você não pode tirar isso de todos, não pode mais nos guiar!


Stone: Sim, eu posso sim!


May: Não pode! — se impôs, e os olhos de sua mãe se encheram de lágrimas novamente, vendo sua filha se posicionar assim.


Mayara: Ela está certa, não pode! — no mesmo tom de sua filha, ela também se impôs pela primeira vez na vida.

Stone: Todos vocês são apenas pessoas fracas que mantive no mundo por ainda terem um propósito de me servirem — irritado com as respostas, ele vira-se para sua máquina — A Infinity Energy os criou, e para ela voltarão!

   Antes que Stone pudesse fazer mais algo, sente um calafrio, e vira-se, não vendo mais Spiritomb na sala.

"Você estava certo... Eu fui mesmo Malie. VOCÊ TIROU A MINHA VIDA!"


   A projeção do espírito cerca Stone, o prendendo dentro dele. O homem tenta manipular energia com seus aparelhos para perfurá-lo, mas os buracos logo se restauravam.


Leuri: Spiritomb! Meu Arceus, vamos fazer algo — quando iria sacar uma Pokeball, Black segurou em sua mão.

Black: Não é preciso, esse assunto é nosso com ele — e apontou para Stone, comandando Pidgeot para investir na direção dele.


Steven: ... — apenas observando, ele escuta os gritos de agonia de Stone, que tinha sua energia sugada por Spiritomb.


Stone: Você... É só... UM TOLO! — usando sua força, ele chuta a mesa de seu computador, abrindo uma porta que revela uma alavanca. A fitando, ele se agarra nela, trazendo-a para baixo enquanto manipulava a Infinity Energy.

Steven: NÃO! — vendo aquilo, ele arregala os olhos e tenta correr na direção de seu pai, mas Spiritomb o solta, também gritando.

Enzo: Mas... — ele via suas pernas desfazendo-se, tomando a forma de pontos luminosos.

João: Acabou? Hya... Eu consegui fitas e uma equipe, lutei o máximo que pude, mas também sei perder — ainda abraçado com Enzo, ele fecha os olhos, e seu corpo desaparecia aos poucos.


Carbink: Por que isso está acontecendo?! Para, para!! — em desespero, saltitava implorando ao redor das pessoas.

Diego: Carbink...

~Carkooool...


Leuri: Temos que fazer algo! N-Não pode ser assim...

Leopoldina: Está tudo certo. Ao menos eu cheguei perto — ela fecha os olhos, também desaparecendo aos poucos.

Jeff: Pai... Eu só queria estar junto do senhor... — derramando uma lágrima, ele já desaparecia por completo, com sua Weepinbell agarrada ao seu peito.

Joseph: Droga... — com uma mão no cabelo, ele já perdia a forma — Por favor, digam ao Clyde que eu sinto mui... Digam ao Clyde que eu agradeço! Agradeço por tudo e confio nele!

Maki: Quero que meu último sentimento seja a alegria que pude conhecer — sorriu para Leuri, que tinha as mãos cobrindo a boca, vertendo lágrimas.


Black: Leuri — falou, após um apertado abraço em Pidgeot — Você deve ser forte, e eu sei que será. Foi um prazer — retirando seus óculos pela primeira vez, Leuri vê seus olhos escuros, o abraçando e negando que aquilo estava acontecendo, até deixar de senti-lo.

~Pijooooh... — piou, lamentando.

   No chão, perto de Diego, a pedra que prendia Spiritomb se rachava aos poucos, e a projeção do espírito passava a falhar. O menino percebe isso e corre até ele.

Spiritomb: Liberte-se, Diego... Você ainda pode fazer isso. É hora do velho capitão aposentar seu navio — desaparecendo, Diego segura os dois pedaços da pedra, não conseguindo sentir nada sobre isso.


(Vídeo original: https://www.youtube.com/watch?v=UtjX_-ixHgs)


Todas as vezes que eu deixei você, seu pai e Littleroot, foram os momentos mais difíceis da minha vida.


E ao olhar para trás, vendo você e seu amigo conversando no banco, sabia que ao menos tinha alguém para contar.


May, é tão difícil se sentir feliz... Aceitar que você está feliz, que você pode estar se sentindo assim.


Se a todo momento sente que não deveria, porque está errada, não pode ser feliz por mil motivos que não te fogem a mente.


E tudo que você faz é abaixar a cabeça e chorar, porque é muito mais simples se sentir triste e viver assim, tendo desistido.


E acredite, eu já abaixei a cabeça muitas vezes, e sei que você também, May.


Mas também achei pessoas tão perdidas quanto eu, e tentei encontrar nelas algo que sempre faltou para mim.


No fim, nem mesmo alguém perdido consegue me dar a resposta.


Mayara: Mas eu cansei de me lamentar por isso! May, pai, eu não vou mais pedir desculpas por não ser perfeita! Já é tarde, mas eu digo! Filha, eu amo você!

May: Mãe!! — em lágrimas, ela abraçava sua mãe, que correspondia, começando a cantar.

Mayara: Sempre vencendo... — May logo reconhece a música, afastando-se dela — Ninguém vai nos parar...

May: Somos uma dupla, somos uma família — continuou como podia.

Mayara: Juntas para sempre vamos estar — terminou, sorrindo como nunca May havia visto, e então desaparecendo.


Sempre a verei assim... Minha estrela.


   Todos os pontos luminosos eram absorvidos pelo corpo de Stone, que ria e abria os braços para recebê-los, até que termina, enxugando os lábios com o canto da mão.

Carbink: SEU MONSTRO!! — abraçado por Leuri, ele tentava se lançar contra Stone, mas ela apertava.

Stone: Em breve será herói — com as mãos bem abertas, ele projeta correntes que perfuram o peitoral de Steven, acendendo marcas luminosas por todo o seu corpo.


   Puxando as correntes, Stone aproximava-se dele. Leuri libera Frogadier, que junto de Carkol, tentam atacá-lo, mas uma camada de energia ao seu redor os refutavam.


Steven: Você nunca será um herói, não importa pra qual filho seja ou em qual corpo esteja... Tudo o que faz é para ajudar a si mesmo, não pensa nos outros! — ajoelhando-se, ele é erguido pelas correntes — Você é o mais desprezível e falhado entre todas as pessoas que criou!


Stone: Nada que minha tecnologia não resolva — seu corpo também começava a desaparecer em pontos de luz que subiam pelas correntes, adentrando o corpo de Steven.

Leuri: STEVEN!!! — gritou, e todos os computadores foram desligados.


Cozmo: Já chega de aceitar tudo que você impõe! Minha família e eu não teremos mais medo de confrontá-lo! — desceu por uma corda até a sala, correndo na direção de Stone.


Leuri: COZMO, NÃO É A MELHOR HORA! VOLTE!! — gritou, vendo o corpo de Cozmo desfazendo-se em luz também, sem ele entender nada. Ela tenta avançar, mas Diego e May a impedem, assistindo tudo.

   Todos fecham os olhos por um forte clarão tomar conta da sala, e logo que tudo se normaliza, não veem mais Stone, nem Cozmo, apenas Steven.

Leuri: Steven... O que aconteceu com o seu pai e o Cozmo? — perguntou, vendo Steven se espreguiçar, estalando os dedos e admirando suas mãos.


Steven: A mais pura Infinity Energy... Destruirei o meteoro com o meu poder — sua fala faz todos percebem o que houve — Nós estamos jogando.

Continua

No próximo capítulo... Leuri, Diego, Brendan e Carbink!

3 comentários:

  1. Aaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa que capítulo... gente não to bem agora, todos esses personagens... gente? Spiritomb, Black, leopoldina, João, Jeff, Leopoldina, Joseph, Enzo, até mesmo a Weepinbel =( to triste com o desfecho deles... a maioria deles eram de alivio cómico, mas ainda assim não deixeo de sentir por eles, os personagens perdidos que no final acabaram mesmo desaparecendo... fiquei contente pela Maki ter encontrado o seu nome e nem vai poder se despedir do Ducklet =(
    Foi um capítulo bem emotivo e sei que vc não jogou FF7 nem conhece a história, mas se um dia quiser tentar vai verificar vários paralelos desse plot com um certo personagem do jogo =P
    Adorei o capítulo apesar de ter ficado triste por todos... agora acho que Steven também não se salva, n to preparada para isso =(
    Mas enfim, amei o capítulo e agora vamos para a abertura da liga, talvez Leuri consiga se distrair de tudo com as batalhas que ai vêem =P

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  2. Nossa capitulo triste, bem triste. Porém o capitulo foi muito bom, é muito triste ver tantos personagens morrerem coitada da May que encontrou a mãe que acabou morrendo e o Pidgeot que ficou sozinho acredito que ele deve ficar com Leuri e com com certeza ela vai cuidar muito bem dele ou vai rolar algum milagre que todos vão voltar a vida e agora o Steven vai tentar destruir o meteoro sinto que o plot ta indo pra parte final dele estou bem ansioso para ver os próximos capitulos ^^

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  3. Hiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii
    Socorro eu nem sei o que falar direito sobre esse capitulo foi realmente MUITO emotivo e muito forte, todas as falas e todos os momentos foram simplesmente maravilhosos.
    Destaque já para a fala da mãe da May, foi algo tão grande e tao tocante e eu compreendo muito os sentimentos dela, fico feliz por no fim ela ter conseguido se impor de algum modo e nossa foram muitos personagens que realmente foram embora, a maioria deles como personagens de fundo, mas a recorrência fez eles terem algum lugar na minha memoria.
    até mesmo o joseph <3

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